Desemprego aumenta em março e esgarça o viés de virtuosismo dos discursos oficiais

Sinal de alerta – Contrariando mais uma vez o discurso das autoridades palacianas, a taxa de desemprego aumento pelo terceiro mês consecutivo. Em março, o índice chegou a 10,8%, contra 10,1% em fevereiro, no conjunto das sete regiões metropolitanas pesquisadas pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Em março de 2011, a taxa estava em 11,2% da população economicamente ativa (PEA).

De acordo com a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), 2,423 milhões de pessoas estavam desempregadas em março passado. Esse índice representa um acréscimo de 175 mil pessoas no contingente de desempregados, na comparação com fevereiro, e redução de 13 mil em relação a março de 2011.

O nível de ocupação caiu 0,5%, com o corte de 92 mil vagas. Paralelamente, 84 mil pessoas entraram no mercado de trabalho.

Em todas as regiões metropolitanas pesquisadas, houve elevação na taxa de desemprego, na comparação com fevereiro. O maior aumento ocorreu em Fortaleza, onde o índice passou de 8,5% para 9,3% da PEA.

No conjunto das regiões, a indústria fechou 53 mil postos, uma queda de 1,8%. A categoria outros setores, que inclui emprego doméstico, registrou uma redução de 47 mil empregos (queda de 3%). Na construção civil, houve eliminação de 35 mil vagas (redução de 2,5%).

O comércio foi responsável pela abertura de 20 mil postos, um aumento de 0,6%. No setor de serviços, foram criados 23 mil empregos, uma alta de 0,2%.