Queda das taxas de juro não acontecerá por canetada ou discurso barato, como quer o Planalto

Papo furado – Presidente da República, Dilma Vana Rousseff continua acreditando que é possível destrinchar a herança maldita deixada por Lula com discursos inócuos e canetadas autoritárias. Solucionar os gargalos da economia nacional não é tarefa que se faz com prepotência e desejos obtusos, mas com sabedoria e conhecimento sobre o mercado financeiro, no qual o ministro da Fazenda, Guido Mantega, não é unanimidade, pelo contrário.

Na terça-feira (24), em mais um discurso que mesclou malemolência tropical com stalinismo, Dilma voltou a criticar as taxas de juro cobradas no Brasil, como se o governo federal, considerada sua incompetência, não tivesse culpa. “Não existe explicação técnica”, disse a presidente ao falar das altas taxas de juro cobradas pelos bancos. Dilma, que há dias determinou a redução do juro cobrado pelo Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, disse que a queda das taxas não acontecerá “de supetão”.

Reconhecidamente competente para fazer oposição, o Partido dos Trabalhadores é um monumental fracasso no Executivo, pois discurso barato e ideologia ultrapassada, em conjunto com corrupção desenfreada, levam qualquer nação ao buraco negro.

Dilma pode dizer o que quiser, até porque o Brasil ainda é uma democracia, mesmo com vieses ditatoriais, mas explicação técnica para a resistência das altas taxas de juro está na necessidade do governo de tomar dinheiro no mercado financeiro para fechar suas contas. A pública brasileira já beira os R$ 2 trilhões, o que leva o Estado a buscar no mercado cada vez mais dinheiro novo. Quem compra papeis do governo não o faz por brincadeira ou patriotismo exacerbado, mas, sim, para auferir lucro.

A dificuldade para a queda imediata das taxas de juro está na alta da inadimplência, assunto para o qual o ucho.info alertou em 2008, quando Lula ocupou os meios de comunicação para pedir aos brasileiros a manutenção do consumo em níveis elevados. À época, destacamos que o pedido de Lula produziria efeitos colaterais preocupantes, como endividamento recorde das famílias e crescimento da inadimplência, mas o então presidente preferiu acusar-nos de torcer contra o País.

A bordo do crédito fácil, o Palácio do Planalto comemorou o ingresso de 39 milhões de novos consumidores na chamada classe média. Essa ascensão social não se deu por meio de geração de riqueza, mas por endividamento. Agora, com as cobranças se avolumando nas portas dos lares brasileiros, os palacianos, antes efusivos, agora mergulham em silêncio obsequioso. E, parodiando a presidente Dilma, o fim das dívidas não será de supetão.