Inflação dispara na primeira quinzena de maio e transforma em mentira as profecias palacianas

Levantando voo – Prévia da inflação oficial brasileira, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) registrou aumento de preços de 0,51% em maio. Divulgada nesta terça-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa é superior ao 0,43% observado abril.

De acordo com o IBGE, as altas de preços do cigarro (14,26%), remédios (1,85%) e feijão-carioca (15,3%) respondem por quase metade da inflação medida pelo IPCA-15 em maio.

Entre as classes de despesas, os maiores índices ficaram com os grupos despesas pessoais (1,32%), vestuário (0,97%), saúde e cuidados pessoais (0,93%), habitação (0,81%) e alimentação (0,62%). No contraponto, artigos de residência e transportes registraram deflação (queda de preços) de 0,16% e 0,27%, respectivamente.

O IPCA-15, em maio deste ano, ficou abaixo do 0,7% registrado no mesmo mês de 2011. No acumulado do ano, a taxa está em 2,39%, abaixo da registrada em igual período de 2011. Já no acumulado dos últimos doze meses, a inflação chega a 5,05%, inferior ao índice dos doze meses imediatamente anteriores, que foi de 5,25%.

Os dados divulgados pelo IBGE não sofreram a influência da valorização do dólar, o que deve ser sentido na próxima pesquisa. Até recentemente, o governo federal se valia da desvalorização da moeda norte-americana frente ao real para manter sob controle o pior fantasma da economia, a malfadada inflação.

Esse cenário confirma que a bolha de virtuosismo vendida ao mundo pelo então presidente Luiz Inácio da Silva começa a estourar e os efeitos colaterais já são sentidos no bolso do consumidor. O mais estranho nessa epopeia econômica é que até então não surgiu um “companheiro” para falar da herança maldita deixada por Lula.