Desespero de mensaleiros diante de julgamento tenta empurrar verdade incontestável na ladeira da mentira

Espetáculo de mitomania – Com a aproximação do início do julgamento do Mensalão do PT, marcado para quinta-feira (2), cresce a tensão nos bastidores da política nacional. Da mesma forma aumentaram nas últimas horas as movimentações nos escritórios dos advogados que defendem os acusados de envolvimento no esquema para que o caso seja considerado uma farsa, a exemplo do que alegam alguns ilustres (sic) petistas.

Depois de pedir desculpas publicamente aos brasileiros pelo escândalo de cooptação de apoio parlamentar por meio de pagamento regular de mesadas, o ex-presidente Luiz Inácio da Silva decidiu puxar a fila dos que apelaram à mitomania e passaram a desqualificar o que se transformou no maior caso de corrupção da história política nacional.

Deputado cassado, Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB, continua sustentando a existência do mensalão. Presidente da Câmara dos Deputados à época do escândalo, o petista João Paulo Cunha, que concorre à prefeitura de Osasco, disse na ocasião que o dinheiro recebido através de Marcos Valério (R$ 50 mil) foi utilizado no pagamento de faturas de uma empresa de televisão a cabo. Esfarrapada, a desculpa não convenceu e João Paulo passou para outra frente da mitomania. Alegou que o dinheiro foi utilizado na contratação de pesquisas eleitorais. O que também deixou a desejar em termos de convencimento.

O também petista Paulo Rocha, que por ocasião do escândalo cumpria mandato de deputado federal pelo Pará, admitiu que recebeu R$ 920 mil do esquema comandado pelo publicitário Marcos Valério, sendo que do total R$ 300 mil foram repassados ao Partido Socialista Brasileiro.

Ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, um dos réus no caso do mensalão, foi o único petista punido pelo partido por envolvimento no escândalo. Expulso da legenda, retornou aos quadros do PT recentemente e deve assumir, perante o STF, a responsabilidade pelo imbróglio.

Ex-secretário-geral do PT, Silvio Pereira, que ficou conhecido como Silvinho “Land Rover”, selou acordo com a Procuradoria-Geral da União, em 2008, para não mais ser processado pelo escândalo do mensalão. Em troca, Silvio Pereira ficou obrigado à prestação de 750 horas de serviços comunitários, ao longo de três anos.

Marqueteiro responsável pela vitória de Lula em 2002, o baiano José Eduardo Cavalcanti de Mendonça, mais conhecido como Duda Mendonça, confirmou aos integrantes da CPI dos Correios que recebeu, por meio de Marcos Valério, parte dos honorários da campanha presidencial petista em conta bancária aberta em paraíso fiscal em nome da offshore Düsseldorf.

Que os petistas têm a incrível capacidade de mudar os fatos todos sabem, mas uma verdade inconteste e confirmada por muitos não tem como se transformar em sonora mentira. A questão é que em jogo está um projeto de poder totalitarista que corre o risco de ir pelo ralo, começando pela desmistificação do governo mais populista de toda a história do País: o do messiânico Luiz Inácio da Silva.