Incompetência do governo ganha reforço com discursos opostos sobre o aumento do preço da gasolina

Drible da incompetência – Como sempre acontece, os frequentadores da Esplanada dos Ministérios, em Brasília, não se preocupam em combinar os discursos e o descrédito avança cada vez mais sobre governo que ainda não mostrou a que veio.

Na esteira das declarações da presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, que insiste no aumento do preço da gasolina como forma de evitar maiores prejuízos para a estatal petrolífera, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA), disse que o assunto é inevitável. Contudo, não demorou muito para que Lobão fosse desmentido, o que não significa que ele esteja errado ou tenha faltado com a verdade.

Ministro da Fazenda, o petista Guido Mantega, que continua perdendo a guerra para a crise econômica, disse que não haverá aumento do preço da gasolina. A fala de Mantega tem uma explicação. O ano é de eleições e os companheiros que estão na disputa não podem ser prejudicados pela majoração do preço da gasolina. Apenas a Petrobras e seus acionistas podem ser lesados pela incompetência de um governo de fanfarrões.

Como o povo tem memória curta e já se acostumou com os desmandos que assolam o País, o aumento do preço da gasolina deve ser anunciado após as eleições, pois só assim o PT conseguirá manter em pé uma mentira que já dura uma década. O temor palaciano está no inevitável impacto que o aumento provocará na inflação. Enquanto tenta camuflar a verdade, o governo não admite a hipótese de enxugar a máquina federal, colocando no olho da rua os companheiros e apaniguados que, com o suado dinheiro do contribuinte, foram contemplados com cargos do Oiapoque ao Chuí.

A Petrobras continuará sangrando financeiramente enquanto o PT empurrar adiante a fantasia de que o Brasil é um país desenvolvido e emergente, pois a radiografia do cotidiano é muito mais preocupante do que imagina a vã filosofia.