Mantega exige dos banqueiros mais dinheiro no mercado, mas não cobra explicações sobre a proibida TAC

Punguista engravatado – Na área econômica a semana foi marcada pela reunião do ministro Guido Mantega, da Fazenda, com representantes dos principais bancos que operam no País. O encontro serviu para Mantega cobrar dos banqueiros maior oferta de crédito neste segundo semestre, o que mostra que o Palácio do Planalto está decidido a mais uma vez empurrar o incauto cidadão ao consumismo, o que na opinião dos palacianos serve para minimizar os efeitos da crise internacional.

Quem ainda não saiu às compras que pense melhor, pois o pior da crise ainda está por vir, mesmo que muitos integrantes do governo digam o contrário. A economia da China está em alerta e os reflexos já podem ser facilmente conferidos nos mais diversos mercados financeiros ao redor do planeta.

Enquanto cobrava mais dinheiro no mercado, Guido Mantega perdeu a oportunidade de cobrar dos banqueiros uma explicação para a cobrança indevida da Taxa de Abertura de Crédito (TAC) nas operações de financiamento. No caso dos automóveis, a malfadada TAC chega a R$ 1 mil, sendo que em alguns casos chega a ultrapassar esse valor.

A cobrança da TAC foi considerada ilegal depois de longa briga do ucho.info contra os bancos. O Banco Central reconheceu como justa e válida a nossa empreitada e proibiu a cobrança da famigerada taxa, que proporcionava aos bancos de todo o País alguns bilhões de reais todos os anos. Acostumados a manobras, os banqueiros reinventaram a TAC, que vem sendo cobrada de forma acintosa nos financiamentos de automóveis.

Há dias, o Ministério da Justiça concedeu prazo de dez dias para que os bancos apresentem uma explicação convincente para mais uma investida contra o consumidor. Em um país minimamente sério, os banqueiros já estariam devidamente presos. Mas não custa lembrar aos nossos leitores que estamos no Brasil.