Eleitores devem estar atentos às absurdas promessas de candidatos irresponsáveis e inexperientes

Olhos abertos – Muito tem se falado sobre a necessidade de renovação na política, até porque o Brasil está cansado dos velhacos, mas é preciso compreender que renovar não significa que o eleitor deva optar por novidades ou pessoas mais novas.

Com a propaganda eleitoral ocupando as emissoras de rádio e televisão é possível perceber o que pode acontecer com as cidades brasileiras nos próximos quatro anos. Oportunistas e despreparados se engalfinham por um cargo eletivo, como se o Brasil fosse um enorme picadeiro.

O principal exemplo de tão preocupante cenário está na capital dos paulistas, a mais importante cidade brasileira e a sexta maior do planeta. Administrar uma cidade como São Paulo, sempre difícil e surpreendente, exige não apenas competência, mas acima de tudo experiência.

Vencer uma eleição na esteira de promessas impossíveis não é missão impossível. No primeiro momento o candidato pensa em chegar ao poder, como forma de saciar uma obsessão pessoal. Na sequência surgem os problemas e as inúmeras oportunidades de recuperar a fortuna investida na campanha, quase sempre milionárias. Eis que entra em cena a tal da corrupção.

Nos últimos dias, muitos candidatos à prefeitura paulistana passaram a prometer o impossível. Qualquer pessoa mais esclarecida sabe que algumas dessas promessas não passam de armadilhas de campanha, que servem para conquistar os votos dos incautos. Alguns candidatos estão prometendo gratuidade de alguns serviços, quando esse tipo de situação é inviável diante do sempre apertado orçamento municipal.

A Justiça Eleitoral deflagrou há dias uma campanha para incentivar o eleitor a pesquisar o passado do candidato, em alusão à Lei da Ficha Limpa. Resgatar a probidade na política é algo importante e necessário, mas de nada adianta eleger um honesto incompetente. Ao mesmo tempo em que é suicídio despejar votos em um competente desonesto. Por isso, com a devida licença do ex-senador piauiense Mão Santa, “atentai bem, ó povo brasileiro!”.