Apagão que suspendeu partida entre Brasil e Argentina evidencia a fanfarrice que domina a CBF

Incompetência comprovada – Técnico da seleção brasileira, o gaúcho Luiz Antônio Venker Menezes, mais conhecido como Mano Menezes, disse nesta quinta-feira (4) que o apagão ocorrido no estádio de Resistencia, na Argentina, comprometeu a imagem do futebol.

Na partida de volta do torneio caça-níquel Superclássico das Américas (antiga Copa Roca), as equipes brasileira e argentina aguardaram durante algum tempo o restabelecimento da iluminação do estádio localizado na província de Chaco, mas a partida foi suspensa.

O episódio só ocorreu porque a presidente da Argentina, Cristina de Kirchner, usou a partida como forma de recompensar o governador da província mencionada, que lhe deu apoio político durante a eleição presidencial. Quando política e esporte fazem parte de negociatas, o resultado não pode ser dos melhores.

A afirmação de Mano Menezes acerca do ocorrido é no mínimo diplomática, pois tudo poderia ser evitado se a CBF tivesse pessoas competentes em sua direção. É inimaginável que os representantes do outrora mais festejado futebol do planeta não tiveram a preocupação de vistoriar, com a antecedência, o estádio que abrigaria a partida decisiva do certame.

Considerada a aludida importância das seleções da Argentina e do Brasil no cenário do futebol mundial, os dirigentes da CBF e da AFA foram no mínimo irresponsáveis, pois um “superclássico” merece pelo menos um super estádio. A irresponsabilidade dos dirigentes da CBF nesse caso é uma amostra grátis do que pode acontecer na Copa de 2014.