Eleitorado de São Paulo barra nas urnas celebridades oportunistas que buscavam mandato

Fim da brincadeira – A última eleição para a Câmara Municipal de São Paulo pode ter interrompido a onda de celebridades acostumadas a pegar carona na fama para conquistar um mandato. Sem se importar com o histórico desses candidatos oportunistas, as urnas foram cruéis com muitos que se acostumaram a faturar com o estrelato.

Fracassaram no domingo (7), na maior e mais importante cidade brasileira, os cantores Agnaldo Timóteo, que tentava se reeleger pelo Partido da República, e Ângela Maria, que nos tempos áureos arrastou multidões de fãs. Já o candidato Raul Gil Jr., filho do apresentador Raul Gil, não soube capitalizar a fama do pai para chegar ao Legislativo paulistano.

Dois ex-futebolistas também receberam cartão vermelho dos eleitores. O outrora comunista Ademir da Guia, um dos grandes nomes da história do Palmeiras, fracassou na sua tentativa de reeleição pelo Partido da República. Marcelinho Carioca não conseguiu convencer a torcida do Corinthians a lhe conferir um mandato de vereador.

Filha de Levy Fidelix (PRTB), candidato derrotado à prefeitura de São Paulo, Lívia Fidelix foi mal sucedida na sua tentativa de chegar à Câmara Municipal e terá de se contentar com o discurso caseiro do aerotrem. Marcelo Frisoni, casado com a apresentadora Ana Amaria Braga, tentava pela segunda vez se eleger vereador, mas foi barrado nas urnas. Sua plataforma política era no mínimo estranha. Frisoni dizia ser o candidato das “periguetes”.

Havanir, que surgiu para o mundo político por meio do Prona e avalizada pelo falecido e estridente Enéas Carneiro, também ficou no meio do caminho. Ex-deputado federal, Jamil Murad (PCdoB) tentava um novo mandato de vereador, mas terá de arrumar as gavetas e desocupar o gabinete que ocupa atualmente. Outro integrante do PCdoB, o ex-ministro Orlando Silva Júnior, do Esporte, também não se elegeu à Câmara paulistana. Para quem não se recorda, Orlando Silva é aquele que usou o cartão de crédito da Presidência para pagar uma tapioca de R$ 8 e deixou a pasta debaixo de acusações de corrupção e ilegalidades outras.