Inadimplência e endividamento sobem em outubro, mas governo entende como algo normal

O céu é o limite – Depois de atingir, em setembro, o menor índice dos últimos dois anos, o índice de inadimplência voltou a crescer em outubro. As famílias com dívidas ou contas em atraso saltaram de 19,1% em setembro para 20,5% neste mês, de acordo com Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, divulgada nesta quinta-feira (25) pela Confederação Nacional do Comércio (CNC).

Como se não bastasse, o grau de endividamento do brasileiro subiu em outubro. O total de famílias com dívidas (não necessariamente em atraso), como cheque pré-datado, cartão de crédito, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguros, saiu de 58,9% em setembro para 59,2% em outubro.

A pesquisa mostra também que o total de famílias sem condições de pagar as contas ou dívidas atrasadas teve uma leve queda, de 7,1% para 7% entre setembro e outubro.

Na comparação com o mesmo período do ano passado, todos os indicadores melhoraram, já que, em outubro de 2011, os percentuais eram os seguintes: famílias com dívidas (61,2%), inadimplentes (21,3%) e famílias sem condições de pagar as contas (8,2%).

Quando Luiz Inácio da Silva, em dezembro de 2008, pediu para que os brasileiros mantivessem em níveis elevados o consumo interno, como forma de enfrentar a crise internacional, o ucho.info alertou para o perigo do endividamento recorde das famílias e da disparada da inadimplência. Na ocasião, como sempre faz, Lula preferiu dizer que seus críticos torciam contra o Brasil. Não se trata de torcer contra, até porque seria uma irresponsabilidade, mas de analisar o cenário econômico com a devida cautela, algo que os petistas não sabem ou não querem fazer.