Lewandowski zomba dos brasileiros de bem e diz que condenar à prisão traz peso na consciência

Face lenhosa – Revisor da Ação Penal 470 (Mensalão do PT), o ministro Ricardo Lewandowski entende que uma pausa no julgamento não prejudicará o andamento do processo, pois proporcionará aos magistrados a possibilidade de melhor reflexão. Na opinião de Lewandowski, que vem sendo criticado pela opinião pública por causa do favorecimento a determinados réus, algo que ele justifica com diferenças doutrinárias.

Como se o povo brasileiro fosse ignaro, Ricardo Lewandowski disse que condenar alguém à prisão provoca peso na consciência. “Condenar alguém à pena privativa de liberdade é sempre um peso para qualquer juiz, um peso na consciência”, afirmou o ministro-revisor ao jornalista José Maria Trindade, da Rádio Jovem Pan. “É preciso que nós reflitamos bem e uma semana de intervalo é algo positivo para que possamos reafirmar nossas convicções íntimas”, completou.

Quando absolveu do crime de formação de quadrilha os petistas José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares, além de outros onze réus, o revisor deixou clara a sua disposição de colaborar com o Partido dos Trabalhadores. Não é possível que uma divergência doutrinária seja capaz de criar interpretações tão dispares acerca de um crime notadamente comprovado, cujo modus operandi foi confirmado por alguns dos integrantes da quadrilha.

Diferentemente do que afirma Lewandowski, fossem os réus do Mensalão do PT ilustres desconhecidos todos já estariam condenados e presos, pois o tal peso na consciência não teria surgido em nenhuma etapa do julgamento. Esse discurso maroto e visguento é prova de que o PT continua agindo e pressionando nos bastidores do STF, como forma de aliviar as penas que serão imputadas aos seus mensaleiros.

Ao fazer tal afirmação, Lewandowski mostrou que o Brasil não é “um país de todos”, como garantiu o governo Lula, pois um cidadão que para matar a própria fome rouba um produto qualquer no supermercado não tenha essa complacência interpretativa por parte de muitos magistrados. O que o revisor conseguiu foi chamar os brasileiros de otários.