Novo apagão deixa vários estados no escuro e provoca curto-circuito no messianismo de Dilma

(Foto: Carlos Barria - Reuters)
No escuro – Um novo apagão elétrico de grandes proporções, ocorrido no início da madrugada desta sexta-feira (26), deixou os nove estados do Nordeste e parte da região Norte às escuras. Além disso, parte dos estados do Pará, Tocantins e do Distrito Federal e no norte de Minas Gerais enfrentaram falta de energia elétrica.

Trata-se do segundo blecaute em apenas 35 dias a atingir a região. Em 22 de setembro, de acordo com o Operador Nacional do Sistema (ONS), um problema na subestação de Imperatriz, no interior do Maranhão, provocou a suspensão do fornecimento de energia elétrica em parte da região. Em 3 de outubro, um novo blecaute afetou cidades das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Norte. Na ocasião, Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Acre, Rondônia e parte do Centro-Oeste ficaram sem energia durante quase uma hora. Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico, o problema foi provocado por um incêndio em transformador da subestação de Furnas, em Foz do Iguaçu, no Paraná.

O ONS reconheceu o problema, mas não revelou as causas, alegando que o importante era restabelecer o fornecimento de energia nos estados atingidos pelo incidente. Em Salvador, Recife, Fortaleza, Natal e São Luiz a energia começou a ser restabelecida mais de três horas da interrupção, mas em muitos locais o abastecimento era precário às 5 horas da manhã desta sexta-feira.

Infraestrutura em colapso

Não é de hoje que os brasileiros sabem que o PT, no governo, pouco fez para melhorar a infraestrutura brasileira. Com os seguidos blecautes (ou apagões) os investidores pensam duas vezes antes de despejarem dinheiro em empreendimentos que necessitam basicamente de energia elétrica.

O sistema de transmissão de energia está operando acima do limite, algo que os messiânicos e magnânimos palacianos não reconhecem, pois seria admitir a própria incompetência de um partido que chegou ao poder central com a sacola dos milagres a tiracolo, mas acabou se especializando em corrupção e outras falcatruas.

Quando o ucho.info insiste em afirmar que o governo do PT desconhece o significado da palavra planejamento, muitos esquerdistas torcem o nariz e afirmam ser implicância de nossa parte. Na verdade, no momento em que o boquirroto Lula empurrou os brasileiros ao consumo, que partiram às compras no vácuo da redução do IPI, o governo já deveria ter solucionado os conhecidos problemas do sistema de transmissão de energia. Entupir os lares verde-louros com eletrodomésticos novos sem a devida e antecipada cautela só poderia terminar no caos que aí está.

Outro setor que sofre com a falta de investimentos é o de aeroportos. Há dias, no aeroporto de Viracopos, em Campinas, um problema no trem de pouso de um cargueiro norte-americano fechou por 45 horas o segundo mais importante terminal de carga aérea do País. Sem ter o que explicar, o governo entendeu que o melhor seria multar a Centurion Cargo, dona da aeronave acidentada.

Quando o secretário-geral da FIFA, Jérôme Valcke, externou sua preocupação com o caos reinante nos aeroportos brasileiros, o então presidente Luiz Inácio da Silva tratou de chamá-lo de “idiota”.

Profecia fajuta

Logo após o apagão de 10 de novembro de 2009, a então ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Vana Rousseff, usou sua conhecida truculência discursiva ao ser questionada por uma jornalista sobre a interrupção de energia elétrica que durante longas horas deixou dezoito estados brasileiros na penumbra.

Na ocasião, Dilma disse que ocorreu um blecaute, não um apagão. Acontece que ambas as palavras – apagão e blecaute – são classificadas como sinônimas em qualquer bom dicionário da língua portuguesa.