José Rainha sai em defesa de Dirceu e diz que ex-ministro pode ser assassinado na prisão

Conversa combinada – Há nas coxias da esquerda nacional um movimento orquestrado para beneficiar os mensaleiros petistas condenados à prisão pelo Supremo Tribunal Federal, na tentativa de evitar que os mesmos terminem atrás das grades. O primeiro a defender os companheiros foi o ministro José Eduardo Martins Cardozo (Justiça), que declarou preferir morrer a cumprir pena em qualquer presídio brasileiro. “Do fundo do meu coração, se fosse para cumprir muitos anos em alguma prisão nossa, eu preferia morrer”, disse Cardozo.

Na sequência surgiu o ministro José Antônio Dias Toffoli, do STF, dizendo que “prisão combina com período medieval”. “A filosofia daquele que comete um delito está em debate na sociedade contemporânea há muito tempo. Esse parâmetro do julgamento em 2012 não é o parâmetro da época de Torquemada, da época da condenação fácil à fogueira”, declarou Toffoli.

Como essa inócua defesa dos quadrilheiros petistas se trata de uma novela, o capítulo desta sexta-feira (16) coube ao líder sem-terra José Rainha Júnior. Expulso do MST, Rainha Júnior disse que José Dirceu corre o risco de ser assassinado na prisão caso cumpra em regime fechado parte da pena de dez anos e dez meses de reclusão. “Dentro do presídio quem manda é o crime e ele, por tudo o que representa, vai ser um alvo fácil”, disse o líder sem-terra. Essa onda de comoção que tentam deflagrar é simplesmente absurda.

Quando comandou o maior escândalo de corrupção da história nacional, Dirceu, apoiado por seus comparsas, apostava na impunidade e sequer sonhava com a possibilidade de acabar na prisão. Considerando que a Constituição Federal garante que todos são iguais perante a lei sem distinção de qualquer natureza, o ex-ministro da Casa Civil terá de cumprir a pena imposta pelo Supremo, sem qualquer privilégio.