Combate à violência em SP é uma operação internacional que exige inteligência e determinação

Usando a cabeça – Já empossado como o novo secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Fernando Grella Vieira disse que, sem ceder um passo sequer, deseja enfrentar o crime dentro da lei. “Haverá enfrentamento dentro da lei e do respeito aos preceitos constitucionais”, disse o novo secretário.

Há muito que o comando da pasta da Segurança Pública carecia de mudança, pois o Ferreira Pinto sempre esteve em rota de colisão com os policiais civis. Contudo, a atuação de Grella Vieira só terá eficácia se o governo federal combater nas fronteiras o tráfico de entorpecentes e o contrabando de armas. Do contrário, qualquer esforço será em vão.

É bom destacar que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), grupo que é considerado terrorista na Europa e nos EUA, o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Exército Popular do Paraguai têm parceria para o cometimento de crimes e atos de terror.

As FARC têm no comércio de cocaína metade do seu faturamento, o que lhe dá condição de continuar existindo. E o PCC negocia a compra da droga diretamente com o grupo terrorista colombiano. As armas usadas nos crimes praticados no Brasil são adquiridas no Paraguai, com intermediação do EPP.

Em outras palavras, quem quiser acabar com a violência urbana precisa combater o crime organizado, não apenas os criminosos. Até porque, por ser organizado o crime não acaba com a eliminação ou prisão de um dos seus integrantes.