Rompimento das centrais sindicais com o Palácio do Planalto mostra que o governo está perdido

Corda esticada – O rompimento das centrais sindicais com o governo de Dilma Rousseff, como noticiou o jornalista Oscar Andrades em artigo publicado no ucho.info, era algo esperado desde a mudança ocorrida no comando do Ministério do Trabalho.

Ao substituir o então ministro Carlos Lupi, presidente nacional do PDT, que foi ejetado do cargo na esteira de irregularidades na pasta, Dilma optou pelo também pedetista Brizola Neto, deputado federal pelo Rio de Janeiro.

Ciente da pouca experiência do neto do ex-governador Leonel Brizola, a presidente transferiu a responsabilidade pelas principais do ministério em relação às centrais sindicais ao secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, que não deu conta do recado diante das reivindicações dos sindicalistas.

Há dias, sem conseguir melhorar a interlocução com o governo e aguardando o agendamento de reunião com Dilma Rousseff, as centrais sindicais resolveram mudar de lado. Quando um partido, que se apresenta como sendo dos trabalhadores, tem a oposição dos seus supostos representados é porque há algo muito mais sério e grave nos bastidores do poder do que muitos imaginam.

A situação não deve ser solucionada tão facilmente, pois o Ministério do Trabalho enfrenta limitações financeiras, a ponto de não ter dinheiro para financiar as fiscalizações trabalhistas. Enquanto isso, Brizola Neto permanece no cargo, como se fosse uma espécie de rainha da Inglaterra.

Essa queda de braços entre o governo e o sindicalismo tem tudo para dar errado, no momento em que o País passa por uma séria e preocupante crise econômica. Como disse certa vez o abusado Lula, um comunista de botequim, “nunca antes na história deste país”.