Caiado faz requerimento para Mercadante explicar baixa qualidade das faculdades de medicina

Pingos nos is – O deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) quer explicações sobre a baixa qualidade de ensino oferecida pelas faculdades de medicina de São Paulo, constatada por exame do Conselho Regional de Medicina do Estado (Cremesp). O parlamentar apresentou requerimento para ouvir, na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e o presidente do Cremesp, Renato Azevedo Júnior. O deputado explica que 54% dos formandos em medicina foram reprovados em prova obrigatória aplicada pelo Conselho em novembro deste ano.

“O elevado índice de reprovação no exame comprova problemas na formação dos médicos e na qualidade do ensino prestado no Estado de São Paulo. O médico lida com vidas, saúde e dignidade humana e a exposição da saúde um profissional sem qualificação e com péssima formação acadêmica é um risco para a população”, argumentou Caiado.

O resultado do exame do Cremesp foi divulgado, no início deste mês, pela imprensa. Este ano, a instituição determinou como obrigatória a participação na prova como condição para a obtenção do registro profissional. Entretanto, a concessão do registro não depende da aprovação no exame. Das áreas avaliadas, saúde mental, com 41% dos acertos, e saúde pública, com 46,1% foram as que apresentaram pior desempenho. O exame também cobrou conhecimentos em bioética, clínica médica, pediatria, ciências básicas, ginecologia, obstetrícia e cirurgia clínica.

Para Ronaldo Caiado, o péssimo desempenho dos formandos também é consequência da abertura de escolas de medicina sem infraestrutura adequada. “É o Ministério da Educação que tem a responsabilidade de fiscalizar, aplicar sanções e tomar providências para o fechamento de escolas que não apresentem condições de formar um profissional com capacidade para prestar um atendimento eficiente. O Congresso tem a prerrogativa de fiscalizar e propor ações para zelar pelo cumprimento das leis e da qualidade do ensino”, reforçou o parlamentar.