Sem risco de racionamento e sem água nos reservatórios, reunião do setor elétrico será inócua

Muita fumaça – A incompetência que toma conta do governo de Dilma Rousseff é monumental. Para agravar o problema, os petistas sofrem de um mal conhecido: não sabem combinar o discurso com a devida antecedência.

Para a tarde desta quarta-feira (9), a presidente Dilma convocou uma reunião do setor elétrico, Do encontro participarão todas as autoridades e técnicos que integram o sistema de geração e distribuição de energia em todo o País.

Depois de severas e ácidas críticas ao governo de Fernando Henrique Cardoso, que pelo mesmo motivo atual – que do nível dos reservatórios de água das usinas – enfrentou um período de racionamento de energia, a neopetista Dilma, por meio de interlocutores, nega que isso poderá se repetir.

O Brasil é dependente de energia gerada pelas hidrelétricas, mas demorou muito tempo para construir usinas mais modernas e eficientes. De igual modo, os palacianos abandonaram, na última década, os cuidados necessários com o sistema de transmissão, que também precisa ser melhorado e modernizado.

Homem de confiança de Dilma e secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann – o ministro Edison Lobão nada entende do assunto – garante que está descartada a possibilidade de racionamento de energia, pois o suprimento se dará a partir das usinas termelétricas, movidas a gás, o que encarece o custo final.

Ora, se não há risco de racionamento e o aumento do nível dos reservatórios das usinas depende única e exclusivamente da vontade da natureza, que precisa despejar as águas celestiais nos locais certos, não há razão para a reunião da tarde desta quarta-feira.

A grande dúvida em relação à questão energética é até que ponto esse cenário que evidencia a incompetência palaciana pode provocar um apagão no projeto de reeleição de Dilma Rousseff, que até agora não mostrou a que veio. Sempre lembrando que a sucessora de Lula foi apresentada aos brasileiros como garantia de continuidade. E continuar o que está errado só poderia dar nisso que o País está assistindo.