Orçamento da União pode emperrar no Congresso se o Planalto não negociar reajuste aos aposentados

Pedra no caminho – Dilma Rousseff rompeu o ano governando o Brasil no vácuo de medida provisória, pois o Orçamento da União de 2013 não foi aprovado pelos parlamentares, mas a situação pode se complicar ainda mais dentro de algumas semanas.

Marcada para o próximo dia 5 de fevereiro, a votação do Orçamento deve sofrer um duro golpe, pois deputados já articulam obstrução ao projeto que fixa o montante a ser gasto pelo governo federal ao longo do ano.

Deputado federal pelo PTB de São Paulo e ferrenho defensor dos aposentados, Arnaldo Faria de Sá lidera o movimento, cujo objetivo é exigir do Palácio do Planalto um aumento maior para as aposentadorias e pensões com valores acima do salário mínimo. O governo da presidente Dilma divulgou na quarta-feira (9) que o reajuste para os benefícios acima do salário mínimo será de 6,15%, que como já informou o ucho.info não repõe as perdas geradas pela inflação.

Faria de Sá quer que o reajuste para essa faixa de benefícios seja de 80% do aumento do salário mínimo, o que representa 6,9%. De acordo com o parlamentar, se os palacianos insistirem em não negociar, a aprovação do Orçamento da União será dificultada ao máximo. Nesse caso, Dilma terá de editar mensalmente uma MP para conseguir cumprir os compromissos e metas do governo.