Dilma anunciará nesta quarta-feira que ilusionismo palaciano reduziu ainda mais a tarifa de energia

Mágica palaciana – Buscando algo inusitado para apresentar aos brasileiros, a presidente Dilma Rousseff, no pronunciamento oficial que será levado ao ar na noite desta quarta-feira (23), dirá que a redução da conta de luz para os consumidores residenciais e comerciais chegará a 32%. Para a indústria a redução será de 18%.

Uma excelente notícia para um país que tem problemas de transmissão de energia elétrica e no momento sobre com a geração. O barateamento da tarifa de energia fará com que o consumo aumente, no vácuo da sensação de que tudo é possível no reino de Dom Lula I, um corrupto que foge para não ter de explicar os escândalos em que está envolvido.

A redução da tarifa, que fique claro, não se dá com um passe de mágica ou porque Dilma quer que seja assim. As geradoras de energia elétrica que concordaram em antecipar a renovação das concessões, recebendo menos, serão compensadas financeiramente com dinheiro do contribuinte. Outro fator dessa aritmética palaciana é a redução dos impostos que incidem sobre a conta de luz. Com menos impostos, o governo deixará de investir como deveria, o que há muito não acontece.

O risco de apagões, segundo o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema, Hermes Chipp, é iminente porque o sistema de transmissão exige investimentos pesados para suportar a demanda, algo que foi descartado para não majorar a conta de luz.

Ao abrir mão de alguns impostos que fazem parte do cálculo da conta de energia, o governo terá problemas fiscais e mais uma vez usará de ilusionismo contábil para cumprir a meta do superávit primário.

Enquanto os reservatórios das usinas hidrelétricas não retomarem o nível normal de água, as termelétricas continuarão funcionando. Essas geradoras, extremamente poluentes, são movidas a gás, carvão e diesel. Não bastasse o custo maior da energia das termelétricas, o preço do diesel deve subir nos próximos dias.

Em outras palavras, na noite desta quarta-feira a presidente tentará enganar o povo brasileiro com seu malabarismo discursivo, pois o que o governo fará é dar com uma mão e tirar ainda mais com a outra. Para quem gosta de espetáculos de ilusionismo, o discurso oficial será um prato cheio.