Lula inspira-se em si mesmo, fala de imbecilidade com sapiência e se compara a Abraham Lincoln

Caso de internação – Como um histriônico que se preze, Luiz Inácio da Silva não perde qualquer oportunidade que surge para se comparar a personagens da história global. Na mira da doentia mania de Lula já estiveram Getúlio Vargas, Juscelino Kubitscheck, João Goulart e até mesmo Jesus Cristo. O que pode explicar o sumiço do crucifixo que adornava o gabinete presidencial e que Lula levou para São Bernardo do Campo, fazendo de um patrimônio público um bem privado, à sombra do surrupio.

Agora é a vez de Abraham Lincoln entrar nas sandices de Lula, que se comparou ao ex-presidente norte-americano durante evento realizado na CUT. Ao falar para os sindicalistas, Lula criticou os adversários, que, na opinião do petista, têm “bronca” dele e de Dilma Rousseff.

“Essa gente nunca quis que eu e a Dilma ganhássemos as eleições, que a gente fosse progressista”, declarou Lula, como se o seu legado, marcado pelo atraso e pela corrupção, pudesse ser considerado uma ode ao progresso. A verborragia “botequeira” de Lula mostra o enorme equívoco dos brasileiros que elegeram um apedeuta para comandar uma nação que até outro dia fazia a diferença entre os países emergentes.

Sempre abusando da vitimização, estratégia chicaneira que usa para aumentar seu curral eleitoral, Lula alegou que os ataques que sofre na imprensa são semelhantes aos enfrentados por Abraham Lincoln. “Eu fiquei impressionado como a imprensa batia no Lincoln em 1860, igualzinho batem em mim. E o coitado não tinha nem computador. Ia para o telex ficar esperando”, declarou.

“Hoje a resposta é em tempo real. Eu quero parar de reclamar dos que não gostam de mim e não dão espaço. Eu não convido eles para minha festa e não sou convidado”, completou Lula, que disse estar lendo a biografia de Lincoln. O que é um avanço para quem já se declarou inimigo da leitura.

Quando está com o microfone na mão, Lula não se contenta em poupar a plateia de seu conhecido besteirol. Age como se fosse uma versão verde-loura do enfadonho ditador Fidel Castro, que em tempos de saúde fazia discursos de mais de uma hora.

“É preciso reconhecer que o País mudou muito, inclusive na questão da comunicação. Nos anos 80, qualquer imbecil se achava formador de opinião pública”, disse Lula aos que estavam na CUT. “Nesse País, formadores de opinião pública eram contra a campanha das diretas, contra a derrubada do Collor”, emendou o petista.

Se há um assunto que Lula conhece a fundo e já deveria ter conquistado um título de doutor honoris causa no tema, esse é a imbecilidade. Quem forma opinião nem sempre é imbecil. Mas há imbecis que acreditam ser formadores de opinião, pois uma horda de milhões de imbecis se deixa levar por um discurso barato e embusteiro, que alguns tentam transformar na derradeira profecia do universo.

Lula tem o direito de se olhar no espelho e se achar imbecil, mas que não ouse dividir sua imbecilidade com quem pensa, pois esse tipo de coisa cabe com largueza e permissão na seara do egoísmo. E que o ex-presidente se dê por satisfeito com a própria imbecilidade, o que é uma dádiva se considerarmos quem nesse caso a carrega.