Novas e vergonhosas desculpas para a pífia situação da economia são motivo para demitir Mantega

Só mentiras – Ouvir as desculpas de integrantes do governo da presidente Dilma Rousseff sobre a péssima situação em que se encontra a economia brasileira tornou-se um sacrilégio. A cada dia surge uma nova declaração, sempre carregada de pesadas doses de inverdades.

No começo de 2012, o ministro Guido Mantega, da Fazenda, contrariando todas as projeções do mercado financeiro, afirmou que no ano passo o crescimento da economia seria de 4% ou mais. O tempo avançou e Mantega foi revendo para baixo, sucessivas vezes, sua previsão, sempre na companhia de alguma desculpa esfarrapada. O governo petista é um fiasco em termos de planejamento e as autoridades econômicas desconhecem por completo como conduzir uma economia em crise.

Com medidas pontuais adotadas tardiamente e de forma equivocada, o Produto Interno Bruto avançou apenas 0,9% em 2012, segundo informou nesta sexta-feira o IBGE. Mesmo diante do incontestável, Guido Mantega achou espaço para mais um discurso irresponsável. “Foi um ano de PIB mais fraco, abaixo das nossas expectativas. Mas com trajetória positiva de aceleração e que vai continuar em 2013”, explicou o titular da Fazenda.

Depois que um órgão do governo, nesse caso o IBGE, divulga os números oficiais do crescimento econômico do País e o ministro da Fazenda surge em cena com um palavrório desconexo, o mínimo que a presidente Dilma já deveria ter feito é demitir sumariamente Guido Mantega, sem direito a cerimônia de despedida e transmissão do cargo.

Ao tentar salvar a própria pele, Mantega afirmou que trimestralmente a economia nacional avançou, começando o primeiro período com crescimento de 0,1% e encerrando o último trimestre com avanço de 0,6% (em comparação com o trimestre anterior).

O chiste oficial se consolidou quando o ministro disse que a estratégia do governo é acelerar o crescimento de forma gradual. Acontece que o próprio Guido Mantega, que anunciou crescimento de 4,5% do PIB para 2013, reduziu sua previsão para no máximo 3%.

Professor e coordenador do Centro de Macroeconomia Aplicada da Escola de Economia da FGV-SP, Emerson Marçal aposta que o tímido crescimento da economia deve prevalecer neste ano. “Em 2013 o PIB não deve crescer a uma taxa alta. O cenário possível de ser traçado no momento é de um crescimento entre 2,5% e 3% em 2013”, afirma o professor da Fundação Getúlio Vargas.

Na opinião de Marçal, o governo precisa acelerar uma agenda de reformas e de ações de longo prazo tais como “racionalização do sistema tributário, investimentos na melhoria de infraestrutura e em capital humano, integração econômica com a busca de acordos comerciais”, entre outras.

O ucho.info vem insistindo nesses temas há anos, mas os palacianos, sempre lambuzados com a seiva da soberba, preferiram nos acusar de torcer contra o Brasil. Se exercer o raciocínio lógico diante de fatos e números incontestáveis, mostrando a realidade à população, é torcer contra o Brasil, que alguém do Palácio do Planalto nos explique o que é ser coerente e externar preocupação com o País e o povo.