PPS quer explicações do presidente da ANS sobre proteção promíscua aos planos de saúde

Mínimos detalhes – O PPS informou por meio de nota que protocolará ainda que nesta semana, na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, pedido de convocação do presidente da Agência Nacional de Saúde Complementar (ANS), André Longo Araújo de Melo, para que explique, em audiência pública, as suspeitas de proteção dentro do órgão aos planos de saúde denunciados por irregularidades. Além disso, o partido questiona ainda o aparelhamento político e a promiscuidade dentro do órgão responsável por fiscalizar as operadoras.

Em reportagem publicada na edição de domingo (10), o jornal “Folha de S. Paulo” revela que denúncias contra planos de saúde feitas por usuários do sistema levam até 12 anos para serem apreciadas. Em muitos casos, diretores do órgão que transitam entre a direção da agência e cargos nas empresas privadas, determinam arquivamentos de processos e redução de multas.

“A área da saúde é um desastre nacional e não oferece nenhuma notícia boa para o país. Vai de mau a pior e o futuro é preocupante. O governo, por meio da própria presidente Dilma, já acena para o desmonte do SUS (Sistema Único de Saúde). Agora, chega essa notícia de proteção as operadoras por parte da própria agência criada para controlar e fiscalizar os planos de saúde. Chega a ser patético”, criticou o presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire (SP). Ele explica que, além da convocação do presidente da ANS, o partido, por meio da deputada Carmen Zanotto (PPS-SC), também enviará requerimento de informação a agência cobrando explicação sobre o descalabro administrativo no órgão.

Ainda segundo o presidente de PPS, o partido vai toma, em conjunto com a deputada Carmen Zanotto, que atua na área da saúde, todas as medidas para esclarecer o caso. “Trata-se de uma denúncia grave que deixa patente o abuso e a concessão de privilégios imorais. Trata-se de mais um exemplo do aparelhamento político das agências reguladoras no governo lulopetista”, criticou.

A reportagem da Folha ainda aborda as relações de financiamento de campanha envolvendo partidos políticos e operadoras de planos de saúde que vêm sendo beneficiadas com a morosidade no julgamento de processos na ANS.

Tudo dominado

É importante destacar que a Agência Nacional de Saúde é palco da ação de representantes dos principais planos de saúde do País, sendo que muitos dos profissionais que atuam como diretores do órgão já dirigiram as empresas que deveriam ser fiscalizadas de forma isenta e responsável.

No momento em que aceita sua omissão em determinados segmentos, o Estado abre brechas para que a iniciativa privada ocupe o espaço vazio e nele cresça até o limite. Quando o índice de rentabilidade dos planos de saúde começa a ultrapassar o nível de segurança, surgem em cena as recusas aos pedidos de determinados procedimentos médicos, o que acaba sobrecarregando o Sistema Único de Saúde (SUS). Essa movimentação, que ignora o consumidor e ultraja seus direitos, é promovida de forma planejada.

No momento em que Lula resolveu incentivar o consumo e aumentar o número de empregos, os planos de saúde passaram a receber um inesperado contingente de filiados inesperado, o que comprometeu o lucro das empresas. Quando o ucho.info insiste no fato de que administrar qualquer país, por menor e mais desorganizado que seja, exige doses mínimas de planejamento, a esquerda verde-loura fica enfurecida. E o que se transforma em problema para muitos é a solução milagrosa para uma minoria sem escrúpulos.