Dilma lança plano populista de proteção ao consumidor, mas governo continua apostando no consumismo

Cortina de fumaça – O populismo barato que toma conta do governo do PT é algo tão escandaloso e mitômano que chega a provocar náuseas. Na manhã desta sexta-feira (15), Dia Mundial do Consumidor, a presidente Dilma Vana Rousseff lançou o Plano Nacional de Consumo e Cidadania (Plandec) durante cerimônia no Palácio do Planalto. De acordo com a assessoria presidencial, a proposta confere aos institutos de Defesa do Consumidor (PROCONs) poder executivo para solucionar conflitos e evitar que o consumidor tenha de recorrer à Justiça.

Na opinião da presidente, as medidas adotadas “configuram um novo marco regulatório das relações de consumo, não contra um ou outro, mas a favor de todos”. Dilma lembrou que o projeto contempla as relações invisíveis, “os valores que têm que permear as relações de consumo”, além de ser importante passo nas relações sociais e na projeção da economia. “O Brasil, da mesma forma que acontece com países desenvolvidos, terá construído uma moderna política de estado”.

Se há de fato por parte do governo preocupações com a vulnerabilidade do consumidor, que os ocupantes do poder deixem de lado a ideia de reverter a crise a partir do consumo interno, algo que só é aceitável em termos de fundamentos econômicos por curtos períodos de tempo e diante de necessidades pontuais.

Desde o final de 2008 o governo do PT insiste nessa estratégia obtusa de empurrar o cidadão ao consumismo, provocando, como antecipou à época o ucho.info, endividamento recorde das famílias, inadimplência crescente e alta da inflação, além das muitas consequências que o consumo repentino e sem planejamento provoca a qualquer nação.

A maior prova de que o governo de Dilma Rousseff não está preocupado com o consumidor é a redução da tarifa de energia elétrica, que é a mais escandalosa enganação oficial dos últimos tempos. Essa redução tarifária, que não sairá de graça, custará aos contribuintes brasileiros a fortuna de R$ 8,5 bilhões por ano, dinheiro que será utilizado para indenizar as empresas geradoras de energia elétrica que aderiram ao plano governamental. Em outras palavras, Dilma deu com uma mão para tirar, minutos depois, com duas.

Em relação às agências reguladoras, o governo do PT tem a obrigação moral de promover uma faxina nesses órgãos, que em tese servem para proteger os consumidores, mas servem como cabide de empregos para a “companheirada” e funciona como fonte de recursos de campanhas petistas.

Não se pode partidarizar as agências reguladoras e muito menos indicar à diretoria das mesmas profissionais que detém escandalosos vínculos com os principais fornecedores e prestadores de serviços. Isso confirma a generalizada bandalheira que reina na máquina federal, cada vez mais ineficiente e paquidérmica.