Maior cidade do País e palco da abertura da Copa, São Paulo não resiste à chuva fraca e persistente

Vergonha nacional – Mais importante cidade brasileira e quarta maior do planeta, São Paulo transformou-se em uma roleta russa viária desde as primeiras horas do domingo (17), quando uma chuva leve e ininterrupta chegou para ficar. Nada de enchentes e pessoas desaparecidas nas enxurradas, mas muitos semáforos entraram em pane, como sempre, fazendo com que importantes cruzamentos de vias se transformassem em locais propícios para acidentes de grandes proporções.

Com a sensação da impunidade prevalecendo de Norte a Sul desde a chegada de um falso Messias ao Palácio do Planalto, em 2003, respeitar as leis de trânsito é obra do imaginário. Tudo vale na Pauliceia Desvairada quando o assunto é circular de carro pela cidade. Vencido o domingo, a semana começou com uma segunda-feira chuvosa e com trânsito acima do normal por causa dos mesmos semáforos apagados. A prioridade obtusa de um sempre é maior do que a necessidade coletiva. E a cidade torna-se a materialização do caos.

Árvores que há décadas não merecem a menor atenção por parte da prefeitura despencam sobre a rede elétrica como se fossem feitas de isopor. Milhares de paulistanos continuavam sem energia elétrica na manhã desta segunda-feira (18), sem que a Eletropaulo, empresa responsável pela distribuição de eletricidade na Grande São Paulo, conseguisse dar alguma previsão de retorno.

Muitos negócios funcionam parcialmente nesta segunda-feira porque o fornecimento de energia elétrica ainda não foi restabelecido em alguns bairros da cidade. Em breve as autoridades entrarão em cena para afirmar que medidas foram tomadas contra a empresa, mas no máximo a Eletropaulo fará uma compensação pró-rata com base no período em que ocorreu a interrupção de energia. Isso não basta, pois não se leva em conta os prejuízos materiais, financeiros e moral dos que ficaram no escuro.

Predominantemente vertical, a cidade de São Paulo remete a vida à estagnação em casos como esse. Arranha-céus tornam-se inertes em seus interiores, sem que as pessoas consigam deixar suas casas ou a elas chegar. Mas conta de luz chega no dia certo, com ou sem energia. Porém, impressiona a forma como as autoridades falam sobre o avanço das obras da Copa e o sucesso que será o evento esportivo. Enfim…