Estatística é a arte incompreensível e pesquisa aponta 31% de aprovação do prefeito Fernando Haddad

Conta que não fecha – Está cada vez mais difícil compreender as pesquisas de opinião pública no Brasil, principalmente quando o objetivo é medir a aprovação de determinado político. O melhor exemplo dessa incongruência está nos índices de aprovação da presidente Dilma Rousseff, que está à frente de um governo incompetente e perdendo a luta para a inflação.

Completando cem dias na prefeitura paulistana nesta quarta-feira (10), o petista Fernando Haddad, de acordo com o instituto Datafolha, alcançou 31% de aprovação. Segundo a pesquisa, 42% dos entrevistados classificaram o prefeito como regular, enquanto 14% o avaliaram como ruim ou péssimo. O Datafolha entrevistou 1.096 pessoas nos dias 4 e 5 de abril.

A avaliação de Fernando Haddad é melhor que dos dois antecessores em igual período no cargo, de acordo com os resultados da pesquisa Datafolha divulgados nesta quarta-feira. Entre os prefeitos em primeiro mandato, desde Luíza Erundina, à época petista, o desempenho de Haddad só não supera o de Marta Suplicy (PT), que conseguiu 34% de bom ou ótimo, em abril de 2001. Gilberto Kassab (PSD) teve 16% de aprovação e José Serra (PSDB), 20%. No segundo mandato, Kassab atingiu o índice de 45% no mesmo período.

Desde que chegou ao comando da maior cidade brasileira, Fernando Haddad nada fez que justificasse esse elevado índice de aprovação. Na verdade, o que o prefeito conseguiu fazer foi dar desculpas para as mazelas históricas da capital dos paulistas.

Os resultados dessa pesquisa, assim como de tantas outras, são marcados pela estranheza, pois a maioria dos moradores da cidade de São Paulo continua aguardando o anúncio da posse de Fernando Haddad, tamanha é sua inoperância no cargo. Mas é preciso compreender que pesquisa de opinião é um negócio como outro qualquer e os institutos não são entidades de benemerência.

O dilema está em entrevistar 1.096 pessoas em uma cidade que tem quase 11 milhões de habitantes e afirmar que o cenário é azul, quando na realidade é cinza. Enfim…