Corpus Christi corta a semana, mas não contém o descrédito do governo incompetente de Dilma Rousseff

Caiu a casa – Nem mesmo um feriado nacional no meio da semana foi capaz de aliviar o estrago provocado pelas recentes notícias sobre a economia brasileira. A presidente Dilma Vana Rousseff apostava suas fichas no Corpus Christi como anestésico para a opinião pública, mas esta sexta-feira (31) começou quente no Palácio do Planalto.

Depois do pífio desempenho da economia nos primeiro trimestre do ano (avanço de 0,6%) e da alta da taxa básica de juro (Selic) pelo Banco Central, que alegou ser imprescindível combater duramente a inflação, Dilma foi surpreendida com a notícia de que a moeda norte-americana chegou a valer R$ 2,14, maior taxa intradia desde maio de 2009, quando o planeta era chacoalhado por grave crise econômica.

O Banco Central entrou no mercado na esperança de fazer a cotação do dólar recuar, mas o resultado da incursão não foi dos melhores. E a explicação para esse resultado é simples e está na conjunção de todos os fatores da economia, algo que o ucho.info noticia há anos.

Desde que chegou ao poder central, o PT se dedicou à pirotecnia oficial, deixando de lado o planejamento de longo prazo e os investimentos em infraestrutura. O País parou, mas o ufanismo palaciano foi suficiente para manter no ar a bolha de virtuosismo lançada por Lula, que começa a estourar de fato e a produzir estragos.

Desde 2005 o Brasil enfrenta um perigoso e preocupante processo de desindustrialização, mas naquele ano os integrantes do governo estavam empenhados em livrar Lula do escândalo Mensalão do PT, o maior escândalo de corrupção da história nacional. A indústria verde-loura foi paulatinamente corroída pelos produtos importados, mas o governo preferiu lançar programas mentirosos que servem para arruinar as contas públicas.

A inflação ingressou na rota do crescimento lento e contínuo, fazendo com que o já baixo poder de compra do cidadão perdesse força. Magnânimos, os palacianos acreditaram que a crise poderia ser revertida por meio do consumo interno, em um país onde dois terços da população recebem mensalmente menos do que dois salários mínimos. Sempre lembrando que na faixa de até três salários mínimos as famílias gastam 30% dos seus ganhos com alimentação, setor onde a inflação tem falado mais alto.

Diante de um apagão de mão de obra qualificada, o setor produtivo enfrenta problemas cada vez maiores quando encontra fôlego extra e decide ousar em termos de novos investimentos. Esse cenário faz com que os salários estacionem em um patamar que inviabiliza o consumo, que nos últimos anos só foi possível por causa do crédito fácil e irresponsável. O endividamento recorde das famílias e a inadimplência crescente transformam sonhos em pesadelos.

Manter o real valorizado frente ao dólar era a ferramenta derradeira que o governo do PT tinha para conter a alta da inflação. O Banco Central aumenta a taxa básica de juro, que só faz crescer a dívida pública, mas o dólar continua em trajetória de alta. Ou seja, investimentos em produção agora rumam na direção da especulação e da proteção de capitais.

Diante da falta credibilidade do governo e da realidade que exala dos mais recentes acontecimentos na área econômica, o Brasil está a um passo do precipício, mas o governo continua sobre saltos altos e caminhando com o nariz em pé e dedo em riste.