Crise econômica: dólar caminha para R$ 2,17 e Bolsa de Valores derrete logo na abertura do pregão

Castelo de areia – Inflação alta, economia desaquecida, indústria andando de lado e apagão logístico. Eis a equação adotada pela presidente Dilma Vana Rousseff, a “gerentona inoperante”, que agora se preocupa com a crise econômica da União Europeia.

Após Dilma afirmar, na última semana, que o governo não tem qualquer plano para conter a alta do dólar, o Banco Central interferiu no mercado de câmbio em dois momentos ao longo da segunda-feira (10), situação que deve se repetir nesta terça-feira. O mercado financeiro abriu agitado e a moeda norte-americana ultrapassou rapidamente a barreira dos R$ 2,16, enquanto a Bovespa derretia 2,5% logo nos primeiros momentos.

Para conter a disparada do dólar, o governo deve facilitar o ingresso de moedas estrangeiras no País, o que por um lado ajuda no fechamento das contas, mas por outro estimula a circulação do capital especulativo e de curto prazo. A queda da Bovespa é o primeiro sinal de que especular é a ordem do momento em busca do lucro rápido e fácil.

A alta do dólar acontece em momento econômico perigoso, pois a inflação está fora de controle e a valorização do real até então era usada como ferramenta de combate ao mais temido fantasma da economia. Reverter esse quadro com medidas pontuais e sempre tardias não é tarefa fácil, para não afirma que se trata de missão impossível. O grande problema é o efeito devastador produzido pela percepção inflacionária, que leva a um aumento generalizado de preços.

O primeiro grande erro do governo do PT, sempre recheado de falsos gênios, foi não investir em infraestrutura. O apagão logístico que se arrasta sangra a economia nacional, neutralizando qualquer avanço produtivo de muitos setores. Nada resolve o governo anunciar, com anos de atraso, que mais da metade do orçamento previsto para o PAC2 foi investido. Sem ter o que fazer, o governo se dedica a tentar conter a crise por meio do controle da inflação, quando o caminho correto é extirpar o processo inflacionário.

O mais interessante, se é que assim pode ser classificado, é que até o momento não surgiu em cena qualquer integrante da esquerda para falar sobre a herança maldita de Lula. E na oposição ninguém se dispôs a criticar a crise de forma clara, contundente e didática.