Politização dos protestos criminosos em São Paulo ficou clara no discurso macio de Fernando Haddad

Tudo outra vez – O viés político do vandalismo que marca os protestos contra o aumento das tarifas de transporte, na capital paulista, ficou evidente na manhã desta quarta-feira (12) em Paris. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) classificou os pseudo-manifestantes de baderneiros, enquanto o prefeito Fernando Haddad (PT) disse que os vândalos estão ultrapassando os limites de direito de protestar.

Haddad, que sabe que o movimento foi encomendado pelos partidos de esquerda para ajudar o Partido dos Trabalhadores a tentar tomar de assalto o Palácio dos Bandeirantes, se limitou a afirmar que está cumprindo a promessa de campanha de reajustar a tarifa de ônibus abaixo da inflação. Para pessoas que passam dias a fio sem trabalhar e se dedicando à organização de uma manifestação criminosa, R$ 0,20 não faz diferença. Até porque, quem se permite a esse ócio criminoso não está preocupado com dinheiro.

Cumprindo a liturgia do cargo, Fernando Haddad declarou que ordenou à sua assessoria para que os líderes do movimento sejam responsabilizados pelos danos ao patrimônio público. Conversa fiada e conhecida, pois é sabido que esse tipo de ação não prospera. O melhor exemplo da inocuidade desses discursos moralista repousa no caso da invasão e depredação da Câmara dos Deputados, em 2006, por integrantes do MLST, liderados pelo petista Bruno Maranhão.

Ministério Público

Depois do quebra-quebra que deixou rastros de destruição em vários pontos da maior cidade brasileira, o Ministério Público de São Paulo anunciou a realização de um encontro com representantes do movimento para evitar confrontos com os policiais militares. Essa incursão do MP é descabida, pois a Constituição Federal é clara ao estabelecer que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”. Sendo assim, que a democracia seja mantida à sombra do respeito ao conjunto legal do País, se qualquer exceção. Até porque, um cidadão que sai pela cidade destruindo o que encontra pela frente termina atrás das grades.

O direito à manifestação deve ser mantido, desde que a democracia não seja ultrajada, a exemplo do que vem ocorrendo por ordem de baderneiros profissionais que integram partidos políticos. Que a tolerância zero prevaleça no combate a essas manifestações criminosas e que os responsáveis se submetam à dureza da legislação vigente.

Baderna agendada

Independentemente da eventual reunião dos manifestantes com autoridades estaduais e municipais, os vândalos marcaram novo protesto para a tarde de quinta-feira (13), mais uma vez na Avenida Paulista, via de acesso aos dez mais importantes hospitais da cidade. Por conta disso, nenhuma manifestação ou evento pode ser realizado na Avenida Paulista, sob pena de a força policial ser obrigada a agir para garantir o direito de ir e vir de qualquer cidadão.

A democracia se ergue sobre os alicerces da responsabilidade e do diálogo, não agarrada ao vandalismo e à intransigência. Se os manifestantes entendem que a tarifa de ônibus é descabida – um “roubo” como eles próprios gazeteiam – que façam arruaças ao pé da rampa do Palácio do Planalto, pois o retorno da inflação é obra do lobista-fugitivo Lula.