Pelos ares – O que poderia ser o marco de uma grande virada foi pelo ralo em questão de minutos, no vácuo de vândalos profissionais. Em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília as manifestações seguiram de maneira pacífica, até que grupos de baderneiros partiram para a depredação do patrimônio público.
No Rio de Janeiro, onde os manifestantes puxaram a corda do vandalismo e tentaram invadir o prédio da Assembleia Legislativa após atearem fogo em um veículo da frota parlamentar. Manifestantes e policiais entraram em confronto e foi grande o número de feridos. Para evitar a invasão da Alerj, os policiais militares usaram bombas de efeito moral e dispararam tiros. Antes dos protestos diante do Legislativo, os manifestantes depredaram e saquearam agências bancárias, destruíram e incendiaram carros.
Em Brasília, os manifestantes venceram o cordão de isolamento formado por policiais e ocuparam a marquise do Congresso Nacional, onde ficam as cúpulas da Câmara e do Senado. Em seguida, os integrantes do movimento tentaram invadir o Congresso pela chapelaria do Senado, mas a Polícia Militar do DF estava de prontidão e reagiu ao avanço do grupo, que a partir de então mereceram o rótulo de baderneiros. O diretor-geral da Câmara dos Deputados, Sérgio Sampaio, tentou conferir a situação na parte externa do Congresso, mas foi agredido pelos manifestantes.
Em São Paulo a situação não foi diferente. Depois de mais de cinco horas de protesto pacífico, os manifestantes rumaram para a sede do governo, no bairro do Morumbi. Com os policiais militares recuados por ordem do governador Geraldo Alckmin, mas prontos para agir em caso de necessidade, os integrantes do movimento derrubaram um dos portões e tentaram invadir o Palácio dos Bandeirantes, sede do Executivo paulista.
O contingente da PM que faz a segurança do palácio agiu prontamente, contendo a tentativa de invasão com o uso de bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha. Antes da ação os policiais, os manifestantes jogaram bombas na parte interna do Palácio dos Bandeirantes, além de pedras, paus e pedaços de árvores.
Novos protestos estão marcados para esta terça-feira (18) e várias cidades brasileiras, mas o descontrole de parte dos manifestantes colocou a perder a legitimidade de um movimento que nas últimas horas conquistou o apoio da população.
Como mencionamos em muitas matérias anteriores, o ucho.info é totalmente a favor das manifestações, o que é garantido pela Constituição Federal, desde que os limites da democracia sejam respeitados. Do contrário, qualquer ato de violência que marque um ou outro protesto denota anarquia.
