Em intervenção descabida, petista Jorge Viana ocupa tribuna do Senado para defender Lula e Dilma

Noção zero – O Brasil sangra em meio à grave crise política, mas os parlamentares parecem anestesiados com a reverberação dos protestos tomaram conta do País. Como se nada acontecesse no Brasil, às 15 horas desta terça-feira (25) o plenário do Senado contava com a presença de apenas quatro senadores: Alvaro Dias (PSDB-PR), Ana Amélia (PP-RS), Paulo Paim (PT-RS) e Jorge Viana (PT-AC).

Os parlamentares dividem-se entre discursos na tribuna e funções burocráticas, mas o tema predominante é a crise política que se alastra cada vez mais nos domínios de Dilma Rousseff, a presidente da República. A senadora Ana Amélia, que vem se destacando dentro do Partido Progressista, fez um discurso duro e responsável tendo a crise como foco. A parlamentar gaúcha disse que é preciso agir com rapidez e prudência na busca por soluções, diante das reivindicações que brotam dos protestos.

Sempre genuflexo às ordens disparadas a partir do Palácio do Planalto, o senador Jorge Viana, que com seu irmão, o governador Tião Viana, transformou o Acre em um quintal político, saiu em defesa de Dilma e Lula. Na tribuna do Senado, como se o PT fosse a maior referência partidária do planeta, Jorge Viana afirmou, sem qualquer rubor facial, que a juventude que ocupa as ruas brasileiras deve isso ao legado de Lula e ao trabalho de Dilma Rousseff.

A dificuldade de Jorge Viana para enxergar o óbvio já era esperada na seara petista, pois muitos foram os escalados pela cúpula do partido para tentar salvar a situação de um governo incompetente, corrupto e paralisado. Viana sobe ao patíbulo do ridículo ao ignorar o fato de que os protestos têm como principais alvos o PT, Lula e Dilma.

No momento em que Dilma Rousseff colocou algum de seus ministros para dar explicações durante a reunião com os governadores e prefeitos, ficou patente o desespero que avança sobre o Palácio do Planalto. Nenhum discurso, por mais rebuscado e ufanista que seja, conseguirá persuadir a opinião pública, que busca cada vez mais os seus direitos.