Dilma pega carona na espionagem dos EUA, fala em violação da soberania e ignora ação das Farc

Ajuda inesperada – Sem anunciar, até agora, ao menos uma medida com resultado prático e imediato capaz de contemplar o clamor das ruas, a presidente Dilma Rousseff vê a crise política crescer ainda mais, ao mesmo tempo em que míngua o seu projeto de reeleição. Oportunista como qualquer político, Dilma deve estar agradecendo, às escondidas, pelo escândalo da espionagem norte-americana que teria violado telefonemas e e-mails de milhões de brasileiros.

O assunto deve ser tratado na esfera da diplomacia, pelo menos é o que recomenda a boa governança, mas a ordem no Palácio do Planalto é reverberar o escândalo ao máximo, dando a entender que Dilma Rousseff é uma governante de pulso e defensora da soberania nacional.

Qualquer violação de dados em território brasileiro deve ser punida com o rigor da lei, mas não se pode exacerbar um fato que por enquanto está na seara das especulações. Técnico em informática e ex-agente da CIA, Edward Snowden teria vazado informações sobre a atuação da arapongagem ianque em terras brasileiras, mas antes de qualquer alarde é preciso conferir a autenticidade dos documentos. Até que isso ocorra, qualquer barulho será mera especulação.

O ucho.info não defende a violação da legislação, independentemente de quem seja o transgressor, mas é preciso manter a coerência ao tratar de assunto dessa natureza. Dilma Rousseff, que explora o assunto como pode, tem falado em violação de soberania, como mencionamos acima. Se de fato essa é a questão que está na pauta oficial, que a presidente explique a complacência do governo com as Farc, que comanda o tráfico de drogas e o contrabando de armas em boa parte das fronteiras brasileiras.

De igual modo, Dilma precisa explicar o que fazem no País alguns integrantes das Farc que se instalaram em morros cariocas sem qualquer tipo de incômodo por parte as autoridades. Em outro ponto da incoerência oficial destaca-se o finado Hugo Chávez, tiranete que durante alguns anos financiou movimentos sociais do campo para instalar a baderna no País. Sempre com a conivência criminosa do agora lobista Lula.

Não se trata de apoiar o malfeito do governo norte-americano, mas de exigir que assuntos correlatos sejam tratados com isonomia pelos palacianos, começando pela presidente da República.