Governo de Dilma Rousseff faz ameaça escancarada ao Congresso, mas líder do PPS reage

Dita branda – Líder do PPS na Câmara dos Deputados, Rubens Bueno (PR), fez um alerta preocupante ao dizer que o Parlamento não pode ceder à “chantagem” de que a Casa não pode votar matérias contrárias ao interesse do Palácio do Planalto, sob pena de a presidente da República vetá-las.

“Não podemos ser ameaçados e chantageados aqui neste plenário de que não adianta votar porque Dilma vai vetar. O parlamentar tem de ter independência para votar as matérias de interesse da nação”, afirmou Bueno.

O líder também defendeu que a Câmara dos Deputados convença o presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB-AL), a criar uma rotina de trabalho para apreciar regularmente o que foi alvo dos cortes do Palácio do Planalto.

Rubens Bueno alertou ainda que o PPS não aceita que as “canetadas presidenciais” anteriores a 30 de junho deste ano não sejam apreciadas pelo Poder Legislativo. Ele informou que o partido está mobilizando outras bancadas para derrubar vetos do fator previdenciário e o dos Defensores Públicos da União.

“Essas propostas não estão canceladas, não. Teremos a capacidade de votar essas matérias. O governo que coloque a sua maioria e nos derrote. A presidente da República não tem poder de concluir o processo legislativo”, advertiu o parlamentar, ao se referir à prerrogativa do Congresso Nacional de apreciar vetos presidenciais.

O Brasil vive a ditadura das Medidas Provisórias, mas a população insiste em não se interessar pela política. A ameaça presidencial levada ao plenário da Câmara por algum estafeta palaciano é um claro atentado ao Estado Democrático de Direito, devendo ser considerado tão ultrajante quanto a espionagem dos Estados Unidos em território brasileiro.

O PT há muito trabalha em silêncio emplacar o seu projeto totalitarista de poder, que transformará o Brasil em uma versão agigantada da decadente Venezuela, mas ainda é tempo de barrar essa manobra criminosa que já consome a democracia.