Vaia enfrentada por Dilma em Fortaleza explica gasto milionário do governo com a segurança do papa

Escudo oficial – Na quinta-feira (18), durante cerimônia de inauguração de estação de metrô, em Fortaleza, a presidente Dilma Rousseff foi alvo de constrangedora vaia. De início a neopetista teve de enfrentar um grupo de índios, que protestavam contra a morosidade do governo na demarcação das terras indígenas. Na sequência foi a vez de um grupo de médicos descontentes com as recentes medidas anunciadas no Palácio do Planalto para a saúde pública.

Vencidas essas duas etapas, Dilma foi surpreendida por uma vaia generalizada, que por pouco não acabou em confusão. Se isso de fato ocorresse, o governo iria ao fundo da vala da desmoralização, pois nem mesmo no Nordeste, onde o Bolsa Família ronca alto, o PT consegue convencer. Cercada por uma crise política que só cresce em amplitude e intensidade, a presidente prefere fingir que nada acontece no Brasil e que as recentes medidas foram suficientes para responder às roucas vozes das ruas.

Os palacianos se equivocam ao pensar que a fingida lua de mel do Partido dos Trabalhadores com a população brasileira ainda continua. Paralisado, o governo está sendo corroído pela incompetência assustadora de seus integrantes, mas a soberba oficial continua a desfilar pelo Eixo Monumental, em Brasília.

A ruidosa vaia enfrentada por Dilma na capital cearense explica o gasto de R$ 70 milhões com a segurança do argentino Jorge Mario Bergoglio, o papa Francisco, que chega ao Brasil na próxima segunda-feira (22) para participar da Jornada Mundial da Juventude. Os 22 mil policiais civis e militares responsáveis pela segurança do chefe da Igreja Católica na verdade terão de proteger os políticos brasileiros dos protestos que devem ocorrer ao longo do evento.