Números da economia brasileira preocupam cada vez mais e mostram que o País está sem comando

Tempo fechado – Enquanto os palacianos vociferam sandices acerca da economia, cada vez mais cambaleante, a realidade mostra-se avessa. Nesta terça-feira (23), o Ministério do Trabalho divulgou os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), deixando claro que encolheu a geração de empregos no primeiro semestre deste ano.

De acordo com o Caged, o Brasil criou 826.168 novas vagas formais de trabalho nos primeiros seis meses do ano, contra 1,04 milhão no mesmo período de 2012. O que representa uma queda de 21,1% na geração de empregos. Trata-se do pior resultado para o período desde 2009, quando foram criados 397.936 empregos com carteira assinada. Em junho deste ano a criação de vagas formais registrou alta, com 123.836 de novos postos de trabalho, contra 120.440 criados em junho de 2012.

A outra peça desse preocupante quebra-cabeça é a confiança do consumidor. De acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice de Confiança do Consumidor registrou recuo de 4,1% entre julho e junho deste ano, caindo para 108,3 pontos, menor nível desde maio de 2009, quando alcançou 103,6 pontos. O cenário se agrava com a insatisfação do consumidor com economia. De acordo com a pesquisa da FGV, Índice da Situação Atual (ISA) baixou 9,7%, para 109,2 pontos, o menor desde maio de 2009 (103,0) e inferior à média histórica de 127,6 pontos.

Como nunca é pequeno o estrago produzido pela incompetência que reina no desgoverno de Dilma Rousseff, a indústria brasileira vem sofrendo há anos e agora ostenta a mais baixa carteira de pedidos. O que permite concluir que o desemprego começa a acenar no horizonte nacional. A desconfiança no Brasil cresce e junto eleva a cotação do dólar, que por sua vez impulsiona a inflação. Para conter o mais temido fantasma da economia, o Banco Central já avisou que o remédio e subir as taxas de juro.

Mesmo assim, o ainda ministro Guido Mantega, da Fazenda, continua afirmando que a economia começará a retomar a pujança neste segundo semestre. Se espasmos de crescimento, intercalados por recaídas, significam retomada da economia, o Brasil já é o país de Alice e ninguém sabe.