Governo vaza informações do caso do metrô de SP, mas tenta abafar escândalo do metrô de Salvador

Vale tudo – Qualquer transgressão cometida por agentes públicos deve ser punida com o rigor da legislação, sem privilégios atrelados à politicagem que corrói a nação diuturnamente, como se o Brasil fosse o paraíso dos corruptos e a catedral da impunidade.

Os casos do metrô de São Paulo e da CPTM devem ser investigados a fundo, com os responsáveis punidos de forma exemplar ao final dos trabalhos, mas o vazamento de informações por parte do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) é uma ação criminosa com objetivo meramente político-eleitoral, uma vez que o plano do PT é tomar de assalto o governo do mais importante estado brasileiro.

Em qualquer país minimamente sério, o presidente do Cade, Vinícius Marques de Carvalho, já estaria preso por violação do segredo imposto ao caso pela Justiça no momento em que documentos foram disponibilizados ao órgão, cujo interesse inicial era a eventual formação de cartel. Ademais, condenar por antecipação, como têm feito Carvalho e o ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, em relação ao governo paulista serve para ratificar o modus operandi covarde e rasteiro do Partido dos Trabalhadores, legenda com viés de quadrilha que se transformou em caso de polícia, como confirmam fatos recentes.

Responsável pelo período mais corrupto da história nacional, o PT adota práticas mafiosas para fustigar os adversários, como se a legenda fosse uma reunião de bondosos e inocentes monges tibetanos. O Partido dos Trabalhadores passa por uma gravíssima crise de credibilidade e luta de forma insana nos bastidores para não cair definitivamente em desgraça junto à opinião pública. Para dar seguimento ao desesperado projeto o partido decidiu expor as mazelas dos adversários.

Ao ucho.info não compete defender esse ou aquele partido, mas, sim, os interesse de uma população que há pelo menos quinhentos anos é vilipendiada em seus direitos. Se o PT foi atingido por uma lufada de moralidade e quer consertar o Brasil depois de uma década de ações bandoleiras, que inclua no seu cardápio moralista o escândalo do metrô de Salvador, de cuja construção a mesma Siemens participa através de parceria com as empreiteiras Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez.

Para que os leitores conheçam os fatos, o Metrô da capital baiana foi orçado, em 1999, em R$ 400 milhões, mas até agora consumiu mais de R$ 1 bilhão, foi entregue pela metade e exibe falhas estruturais inaceitáveis.

O Tribunal de Contas da União (TCU), que tem por obrigação fiscalizar a aplicação dos recursos federais, já apontou superfaturamento de R$ 400 milhões, em valores atualizados, na obra que está a cargo do consórcio Metrosal. Já o Tribunal de Contas do Estado da Bahia informa que a obra entregue pelo consórcio vale no máximo do que já foi pago, sendo que o superfaturamento chega a 113,7%.

O TCU aguardará até o próximo dia 29 de agosto a defesa do consórcio Metrosal, que terá de provar a não existência de superfaturamento na obra do metrô da capital dos baianos. Do contrário, o Tribunal enviará o caso para a Advocacia-Geral da União para que promova a devida cobrança judicial do valor superfaturado. A tendência é que o imbróglio soteropolitano termine em mais uma enorme e mal cheirosa pizza, porque no olho do furacão estão aliados políticos do Palácio do Planalto, entre eles o PMDB, e também o governo do petista Jaques Wagner.