Ao rebater críticas aos corredores de ônibus em SP, Haddad condena Lula por enxurrada de carros novos

Sinuca administrativa – Prefeito da maior e mais importante cidade brasileira, São Paulo, o petista Fernando Haddad não sabe lidar com o contraditório e desconhece o direito de ir e vir do cidadão. Alvo de duras e seguidas críticas por causa da instalação de uma faixa exclusiva de ônibus no “Corredor Norte-Sul” – que inclui as avenidas Moreira Guimarães, 23 de Maio, Tiradentes e outras – o prefeito paulistano abusa da soberba ao se defender.

Alegando que as críticas mostram que a decisão beneficiou a maioria da população, Haddad deixa claro que fazer contas não é o seu forte. “Estou fazendo aquilo que acredito, que é priorizar o transporte público. Hoje ouvi depoimentos nas rádios dizendo que as pessoas reduziram em uma hora por trecho. Isso significa que nós estamos devolvendo para a pessoa duas horas por dia para ficar com os filhos, família”, disse o prefeito petista.

Alguém precisa informar para Fernando Haddad que ele foi eleito para governar não apenas para os usuários do transporte público, mas também para os que usam carros particulares. O prefeito, que desconhece a realidade da cidade em termos de mobilidade urbana, acredita que mudanças no setor podem ser feitas a fórceps, sem a necessidade de planejamento, algo que o PT abomina.

Ao defender a criação das faixas exclusivas para ônibus, o prefeito disse que a população paulistana terá de repensar o uso do automóvel, substituindo-o pelo transporte público, como se isso fosse possível com a rapidez de um raio. Fora isso, a qualidade do transporte público é pífia, situação que não modificará apenas com a criação de faixas exclusivas e a aplicação de multas aos que invadirem o corredor restrito.

Fernando Haddad só assumiu o comando da quarta maior cidade do planeta porque ficou sob as asas do maior embusteiro da política nacional, o ex-presidente e agora lobista-fugitivo Lula. Por isso, Haddad deveria modular seu discurso, porque foi seu padrinho político o responsável pela enxurrada de carros em todo o País, comprometendo sobremaneira o trânsito nas grandes cidades.

Quando Lula anunciou, em 2008, seu mirabolante plano de incentivo à economia, como forma de minimizar os efeitos da crise internacional, o ucho.info alertou para a necessidade de se investir primeiramente em mobilidade urbana, evitando impor um nó ao tráfego de muitas cidades. Apostando na demanda reprimida como estratégia para incensar seus índices de aprovação e do seu governo, Lula ordenou à sua assessoria para que nos acusasse de torcer contra o Brasil.

Membro de um partido político com vocação para quadrilha, como já comprovou a história recente, Fernando Haddad deveria pedir a Lula, que no começo deste ano reuniu-se na prefeitura para palpitar, para explicar aos paulistanos a lentidão no trânsito decorrente da implantação de faixas exclusivas para ônibus.

Se como ministro da Educação o petista Fernando Haddad foi uma ode à incompetência, na condição de prefeito da capital dos paulistas esse fiasco será estratosférico. Até porque, tirando a criação desses corredores exclusivos para ônibus, Haddad ainda precisa mostrar a que veio, pois o primeiro ano do seu mandato já está chegando ao final.