Dólar ultrapassa a barreira de R$ 2,30, dificulta o combate à inflação e corrói as exportações brasileiras

Perdido e mal pago – O governo de Dilma Vana Rousseff está literalmente perdido em relação à economia, mas mesmo assim os palacianos creem que o Brasil está a um passo de se transformar no país de Alice, aquele das maravilhas.

Por volta das 13h30 desta terça-feira (13), o dólar estava cotado a R$ 2,3055, a primeira alta acima de R$ 2,30 desde 5 de agosto. Esse movimento ascendente da moeda norte-americana decorre do comportamento dos investidores, que estão com a atenção voltada para a economia dos Estados Unidos e para o futuro da política monetária do país.

O que impulsionou a alta do dólar no Brasil, assim como em outros mercados ao redor do planeta, foi o comportamento das vendas no varejo dos Estados Unidos – exceto veículos de passeio, gasolina e material de construção – que subiram 0,5% em julho, de acordo com informação divulgada nesta terça-feira pelo Departamento do Comércio. Trata-se da maior alta em sete meses, o que mostra que um crescimento econômico mais rápido poderá fortalecer o cenário para que o Federal Reserve reduza o programa de estímulo à economia local.

Essa alta da moeda ianque dificulta ainda mais a atuação do Banco Central (BC) no combate à inflação, uma vez que os insumos importados necessários à indústria nacional farão com que os preços dos produtos aumentem. É o caso do trigo, que refletirá em algum momento na mesa do brasileiro por meio do sacro e diário pãozinho.

Como se não bastasse, essa elevação do dólar faz com que os produtos brasileiros percam competitividade no mercado internacional, o que já acontece também por causa do caos em que se encontra o Brasil no âmbito da infraestrutura e da voracidade arrecadatória do Estado.

Em algum momento o BC intervirá no mercado de câmbio, mas é preciso lembrar que a autoridade monetária nacional tem atuado na contenção do dólar respaldado pelas reservas brasileiras, que têm sido sistematicamente derretidas.