Espionagem: denúncias embolam a renovação da frota da FAB e colocam caças russos no horizonte do País

Mudança de rota – Como sempre afirmamos, na política inexistem acasos, coincidências e inocentes. Qualquer fato, por menor que seja, tem uma razão de ser. E se não ficar evidente logo na entrada, com certeza isso acontece na saída.

A decisão da presidente Dilma Rousseff de cancelar sua vista à Casa Branca, até então agendada para o próximo dia 23 de outubro, serviu para impor uma sinuca política a Barack Obama, operação que está sob o comando do russo Vladimir Putin. Por questões meramente ideológicas, mas burras no âmbito da diplomacia, a esquerda planetária está em polvorosa com os açoites à terra do capitalismo. Bobagem desmedida de quem reza pela cartilha mentirosa de Havana.

Fora essa costura internacional da esquerda, a decisão de cancelar o encontro com Obama está servindo para Dilma criar uma cortina de fumaça no Brasil, onde escândalos de corrupção e a incompetência do governo federal são assíduos frequentadores do noticiário nacional. Com essa medida, apenas barulhenta, o Palácio do Planalto mantém na pauta midiática a presidente, a reboque de um assunto que deve ter vida curta, ao contrário do que esperavam os palacianos.

Como ninguém é de ferro e Putin espera faturar com asilo que concedeu a Edward Snowden, ex-analista da Agência Nacional de Segurança, no cardápio de negócios entre Moscou e Brasília entrou o reaparelhamento da Força Aérea Brasileira (FAB), que há muito ensaia a troca dos seus supersônicos.

À época em que ainda estava presidente Lula, agora um lobista-fugitivo, afirmou que o Brasil compraria os caças Rafale, da francesa Dassault. O anúncio teve curta duração e na sequência entrou em cena a turma do “deixa disso”. Enquanto o imbróglio era desfeito, a norte-americana Boeing tratou de retomar terreno para inviabilizar o negócio dos franceses. O tempo passou, Dilma foi eleita presidente e novamente os F-18 Super Hornet voltaram para o acostamento.

Instalada no gabinete presidencial, Dilma pode ter descoberto o pulo do gato e por causa disso decidiu suspender o negócio bilionário, que já era comemorado no Palácio do Eliseu, em Paris. Com o caso da espionagem ianque, a situação voltou a se complicar para o lado da Boeing, Vale lembrar que Thomas Shannon, que recentemente deixou o cargo de embaixador dos EUA no Brasil, veio ao País também com o propósito de desatar esse nó a favor da Boeing.

Com as denúncias de espionagem por parte do governo norte-americano, Putin não perdeu tempo e passou a oferecer ao Palácio do Planalto, mais uma vez, os caças russos Sukhoi. E se o negócio prosperar, Dilma dará um drible considerável em Lula e no ex-ministro da Defesa, Nelson Jobim, que de tão apaixonados pelos Rafale só faziam conta em euros.