Mensalão tucano: Justiça Federal condena ex-diretor do Banco Rural a quase dez anos de prisão

Sol quadrado – Ex-diretor do Banco Rural, liquidado recentemente pelo BC, Nélio Brant foi condenado a nove anos e nove meses de prisão pela Justiça Federal pelos crimes de gestão fraudulenta e gestão temerária de instituição financeira. Divulgada nesta quinta-feira (26) pelo Ministério Público Federal (MPF), autor da denúncia, a decisão judicial será publicada na próxima terça-feira (1).

A condenação é decorrente da ação penal que é um apêndice do escândalo conhecido como “Mensalão Tucano”, que também contou com a participação do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, operador do “Mensalão do PT” e condenado a mais de quarenta anos de prisão pelo STF.

Ex-presidente do Atlético Mineiro e conselheiro do clube, Brant poderá recorrer em liberdade, de acordo com o que determina a lei, uma vez que a pena, por ser superior a oito anos, deve ser cumprida em regime fechado.

Política é negócio

Os mensalões tucano e petista mostram que na política não há inocentes ou amadores, ao mesmo tempo em que nenhum candidato disputa uma eleição com o objetivo de defender os interesses da sociedade. Política é negócio imundo e milionário, além de ser privilégio de uma minoria cada vez mais bandida. De cada cem políticos que batem no peito antes de declamar retidão e lisura, pelo menos 98 tem uma telha de vidro no telhado.

No momento em que a Justiça Eleitoral passar a analisar com a devida atenção a prestação de conta de cada candidato, por certo perceberá que há algo errado. Como sempre destaca o ucho.info, uma campanha à Câmara dos Deputados com chance de sucesso, por um partido considerado médio em estado do Nordeste, não sai por menos de R$ 50 por voto. Ou seja, quem se elege com 150 mil votos desembolsa R$ 9 milhões em três meses de campanha, para receber em quatro anos de mandato o total de R$ 1,4 milhão em salários. Em suma, a conta não fecha nem mesmo com excesso de boa vontade.