Clientes da operadora de telefonia celular Claro voltam a enfrentar apagão de sinal em SP

Jeitinho brasileiro – “São sistemas e todo sistema pode falhar”. Essa é a explicação dada por uma atendente da Claro, operadora de telefonia celular do bilionário mexicano Carlos Slim, que no Brasil vive um momento de escuridão tecnológica, apesar da antítese a que remete o nome da companhia.

Na maior cidade brasileira, São Paulo, os celulares da Claro enfrentam um novo apagão de sinal, o segundo em apenas 72 horas. O primeiro teve início por volta das 19 da última segunda-feira (14), sendo que o serviço só foi restabelecido treze horas depois. Mesmo assim, muitos usuários da Claro foram obrigados a telefonar à central de atendimento da empresa para solicitar a atualização do sinal, pois do contrário a mudez seria perene,

Nesta quarta-feira (16), por volta das 13h30, os celulares voltaram a entrar em colapso, deixando milhares de clientes incomunicáveis. Questionada sobre o problema, a atendente informou, após consultas internas, que foi constatada instabilidade sistêmica em todo o estado de São Paulo nos dias 14, 15 e 16 de outubro, com previsão de retorno dos serviços para as 17 horas. O problema é tão grave, que muitos chips de celulares estão sendo rejeitados pelo sistema da Claro no momento da autenticação e registro da linha na rede.

Quando o presidente da FIFA, Joseph Blatter, anunciou, há quase seis anos, que o Brasil sediaria a Copa do Mundo de 2014, o ucho.info foi célere ao afirmar que a decisão representava equívoco da entidade máxima do futebol e irresponsabilidade do governo brasileiro, pois o País não tinha, como ainda não tem, condições básica para recepcionar um evento de tal magnitude. Desde então, temos afirmado com insistência que a Copa servirá para mostrar ao restante do planeta a forma como o Brasil vem sendo governado.

No momento em que os amantes do futebol e os jornalistas esportivos necessitarem o usar a rede de comunicação para o envio de dados, ficará provada a ineficácia oficial em relação aos investimentos em infraestrutura.

Resta saber que medidas serão tomadas contra a Claro pelo ministro das Comunicações, Paulo Bernardo da Silva, e pelo presidente Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Resende, pois beira o inimaginável, em plena era da tecnologia, um usuário de celular ser obrigado, a cada nova chamada, a desligar o aparelho, retirar a bateria e o chip, reinseri-los e tentar nova conexão.