OGX de Eike deixa o Ibovespa nesta quinta e governo perde o “culpado” pela crise de credibilidade

Hora H – A derrocada do grupo “X”, do megalômano Eike Batista, está sendo comemorada por muitos, mas é preciso levar em conta a comparação precisa que o jornal “The New York Times” faz nesta quinta-feira (31) dos negócios do outrora bilionário com o fraco desempenho da economia brasileira nos últimos anos. Assim como os ocupantes do Palácio do Planalto, Eike Batista pegou carona na bolha de virtuosismo lançada pelo então presidente Luiz Inácio da Silva, agora atuando como lobista de empreiteiras.

É no mínimo burrice imaginar que os segmentos escolhidos pelo “Mister X” não são redutos de excelentes negócios. A grande questão na órbita do fracasso dos empreendimentos de Eike Batista está no excesso de otimismo do empresário e na falta de seriedade do governo brasileiro ao administrar o País, que cada vez mais carece de ações marcadas pelo planejamento.

Para quem frequentou durante alguns anos as manchetes na condição de Midas dos negócios tupiniquins, Eike foi irresponsável por ter acreditado nas balelas vociferadas por Lula e seus aduladores. Apostar verdadeiras fortunas em um país que vive à sombra do “faz de conta” mostrou o amadorismo do outrora homem mais rico do Brasil. Não era preciso nenhuma dose extra de inteligência para perceber a fórmula borrifada pelo governo do PT falharia em algum momento. Era uma questão de tempo.

O que Eike Batista deveria ter feito, mas não fez, é extremamente simples. Bastava conversar com o dono do botequim da esquina para conferir a realidade da economia nacional, o que por certo o ajudaria a calibrar seus investimentos. O tempo passou e agora o “Mister X” se agarra aos pedidos de recuperação judicial de suas empresas, no momento em que até o padre da igreja mais próxima reclama da crise.

Ao final desta quinta-feira (31), dia que o folclore norte-americano dedica às bruxas e aos fantasmas, as ações da OGX deixarão de fazer parte do Ibovespa, principal índice acionário da Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa). As ações da OGX, que um dia chegaram a valer R$ 23,27, eram comercializadas por R$ 0,13, minutos antes das 14 horas desta quinta-feira.

Enquanto via o sangramento do seu grupo, Eike Batista serviu como bode expiatório do Ibovespa e da própria credibilidade da economia verde-loura. Com as ações das empresas “X” sendo comercializadas em situação especial, o que ocorre com toda empresa que recorre à recuperação, a economia brasileira perde o culpado da vez e terá de provar o contrário do que muitos conhecem. Será a hora da verdade para o desgoverno petista de Dilma Vana Rousseff, a gerentona inoperante, e o ainda ministro Guido Mantega, da Fazenda.