Justiça russa decide libertar, sob fiança, ativista brasileira do Greenpeace

Olho da rua – A brasileira Ana Paula Alminhana Maciel, militante do Greenpeace detida na Rússia desde setembro passado após participar de um protesto contra exploração de petróleo no Ártico, deverá ser libertada mediante pagamento de fiança, segundo divulgou a organização ambiental nesta terça-feira (19), após decisão de um tribunal russo em São Petersburgo.

A fiança de Ana Paula foi estipulada em 2 milhões de rublos (cerca de 139 mil reais). O Greenpeace afirmou que vai transferir o dinheiro o mais rápido possível.

Ana Paula será a primeira ativista estrangeira do grupo de 30 pessoas detidas pelas autoridades russas a ser libertada sob fiança, enquanto aguarda julgamento. Na segunda-feira, três membros russos do grupo foram soltos após o pagamento do mesmo valor estipulado para Ana Paula. O australiano Colin Russell teve a detenção prorrogada até fevereiro.

As acusações contra os 30 ativistas do Greenpeace não foram retiradas. Inicialmente, eles foram acusados de pirataria, que acarreta uma pena máxima de 15 anos de detenção. Mais tarde, as acusações foram mudadas para vandalismo, que pode resultar em penas de prisão de até sete anos.

O grupo de ativistas de 18 países foi detido durante um protesto contra a exploração de petróleo no mar Ártico em setembro. O barco do Greenpeace, o Arctic Sunrise, foi interceptado por uma unidade russa quando se aproximava da plataforma de Prirazlomnaya, que pertence ao gigante estatal de energia Gazprom e é considerada fundamental no âmbito de uma iniciativa do Kremlin para explorar recursos naturais na área e expandir a economia russa. (Com agências internacionais)