Tarso Genro cai em desgraça no Rio Grande do Sul, onde petistas já anunciam apoio aos adversários

tarso_genro_27Veneno caseiro – Quem imaginou que Tarso Genro pudesse fazer um governo razoável no Rio Grande do Sul cometeu um enorme equívoco. Ex-ministro da Justiça e ex-presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Genro é um caso à parte dentro da legenda, que está cada vez mais perdida com os escândalos de corrupção e o show de incompetência que protagoniza do Oiapoque ao Chuí.

A rejeição a Tarso Genro dentro do PT vem crescendo e até mesmo “companheiros” já não poupam o governador gaúcho de críticas. Superintendente do Ministério da Agricultura no Rio Grande do Sul, o petista Francisco Signor é um dos que não escondem o desapontamento com o atual inquilino do Palácio Piratini. Em recente evento na capital Porto Alegre, Signor disse que Tarso Genro não ajuda as empresas do estado, não sem antes dar a entender que a viagem do peremptório governador à China, acompanhado de estafetas e alguns empresários locais, é uma excursão meramente político-ideológica.

Que Tarso Genro é inábil todos os brasileiros sabem, mas quando um companheiro de legenda começa a acionar o chamado “fogo amigo” é porque a situação é grave. Signor, que está no cargo desde a era Lula, disse a alguns interlocutores que em breve se licenciará do cargo, pois se dedicará à campanha pela reeleição da presidente Dilma Vana Rousseff.

A surpresa maior da noite ficou por conta da revelação feita por Francisco Signor. Ele disse que também trabalhará para a senadora Ana Amélia de Lemos, candidata do Partido Progressista ao governo gaúcho, em 2014, e com grande possibilidade de vencer.

O embarque de Signor na campanha de Ana Amélia não assusta, pelo menos a olhos primeiros, pois o PP integra a base de sustentação do governo Dilma no Congresso Nacional. O grande senão é que Tarso Genro é candidato à reeleição.

Tarso Genro tem cometido enormes trapalhadas no Rio Grande do Sul, algumas delas que vão contra as medidas adotadas pelo governo federal. Enquanto o governo da companheira Dilma apela à privatização de rodovias, Tarso opta pela estatização das estradas gaúchas, tirando dos motoristas a infraestrutura que as concessionárias disponibilizavam.

A situação de Tarso Genro na terra de chimangos e maragatos não é das mais favoráveis, o que pode fazer com que Dilma Rousseff suba no palanque da senadora Ana Amélia. Se isso acontecer, Tarso estará liquidado politicamente. E não será por falta de merecimento, pois incompetência é o que não lhe falta.