Venda de veículos cai em 2013 e deve impactar negativamente na economia e no setor de empregos

carro_26Efeito retardado – Em dezembro de 2008, quando o falso messiânico Lula classificou o efeito da crise internacional no Brasil como “marolinha” e anunciou medidas de estímulo à economia como forma de combater as consequências da instabilidade global, o ucho.info alertou para o perigo de empurrar a população ao consumismo. Entre tantos pontos, destacamos o fato de o Estado brasileiro ser carente de infraestrutura, o que na prática é impeditivo para qualquer onda de consumo exacerbado.

Um dos setores beneficiados por Lula foi o automobilístico, o que produziu uma avalanche de carros novos nas ruas e avenidas brasileiras, sem que a maioria das cidades tivesse capacidade para suportar tal impacto. Fora isso, a injeção de animo no segmento das montadoras poderia se transformar em espada de harakiri no momento em que o governo começasse a cortar os benefícios fiscais, como vem acontecendo nos últimos meses.

A consequência, que ainda não despontou no cenário nacional, será a demissão de trabalhadores do setor, elevando os índices de desemprego. Em 2013, ano que Dilma Rousseff afirma ter terminado melhor do que começou, a venda de veículos no mercado interno caiu 2,29%, na comparação com o ano anterior, somando 5,458 milhões de unidades comercializadas. O recuo resultou do fraco desempenho do segmento de automóveis, com queda de 3,05%. No contraponto, a venda de ônibus e caminhões cresceu em média 14,36%.

Apesar desse recuo anunciado pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), a quantidade de carros que chegou ao mercado nacional em 2013 é absurda se considerarmos o fato de que nada tem sido feito para melhorar a infraestrutura das cidades brasileiras, em especial as grandes metrópoles. Essa inoperância do Estado, como um todo, pode ser auferida nos enormes e duradouros congestionamentos que inviabilizam muita das capitais do País. Em São Paulo, por exemplo, um motorista perde diariamente, em média, três horas no trânsito cada vez mais caótico.

Para piorar um cenário que já era ruim, as autoridades investiram muito pouco no transporte público, o que tem dificultado a locomoção nas grandes cidades. No momento em que Lula, o Messias dedo-duro, decidiu incentivar a geração de empregos, os palacianos em nenhum momento pensaram nas consequências dessa ação. Uma medida como essa deveria ser precedida por um intenso e detalhado trabalho de planejamento, palavra que os petistas desconhecem até o mais raso significado.

Se por um lado a venda de automóveis recuou em 2013, o que não aliviou caos nas metrópoles, por o avanço na comercialização de veículos pesados não tem razão para ser comemorado, pois as estradas brasileiras estão cada vez mais pífias e abandonadas, tirando algumas raríssimas exceções. Criado o problema, o governo do PT, com muitos anos de atraso, se viu obrigado a rasgar o discurso populista do passado e aderir à privatização, assunto que Dilma Rousseff prefere chamar de concessão, apenas para não dar o braço a torcer.

O estrago produzido pelo PT no País é devastador e exigirá dos próximos governantes muito empenho e paciência, porque a recuperação não será das mais fáceis. E os brasileiros de bem que se preparem, pois pela frente há pelo menos cinco décadas de esforço continuado. Mesmo assim, Lula recebe, volta e meia, um título de doutor honoris causa.

O ucho.info, em nome dos brasileiros pensantes, gostaria de saber qual o critério adotado pelas universidades para a concessão da honraria a alguém incompetente e que foi responsável pelo período mais corrupto da história nacional.