Alvaro Dias protesta contra o silêncio do governo Dilma em relação à crise na Venezuela

alvaro_dias_30No alvo – Muito mais do que um apelo, um protesto. Foi desta forma que o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) criticou a omissão e o silêncio do governo brasileiro em relação à crise política que vem chacoalhando a Venezuela. Para o senador tucano, os protestos da população venezuelana contra o governo do presidente Nicolás Maduro se amplificam a cada dia e o futuro do país ganha contornos cada vez mais preocupantes.

Para Alvaro Dias, enquanto os problemas econômicos – como a inflação de mais de 50% e a crise de desabastecimento – conduzem a Venezuela para um grave abismo social, o governo de Dilma Rousseff adota o silêncio como postura de Estado, o que é uma omissão inaceitável.

“As manifestações, marcadas por enfrentamentos entre chavistas e opositores, deixaram um saldo de três mortos e mais de cem feridos. Centenas de pessoas foram detidas e muitas permanecem detidas. Tanto Caracas como outras cidades são cenários de protestos de estudantes e de opositores do governo para denunciar a insegurança, a inflação e a escassez de produtos em escala nacional. E o governo Dilma, que sempre apoiou o chavismo em todas suas vertentes, se cala. Por isso viemos aqui hoje, no Plenário, não para apelar ao governo, mas protestar, até porque este governo é insensível não só diante da palavra da oposição, mas diante principalmente do drama que vivem as pessoas que sofrem na própria carne o impacto da implacável postura de violência adotada por este líder boquirroto que substituiu Hugo Chávez na presidência da Venezuela”, afirmou Alvaro Dias.

Outro lado da moeda

Nicolás Maduro, indicado finado delinquente bolivariano Hugo Chávez para assumir o comando da Venezuela, vem sendo minado por pessoas próximas, que desde o impasse na sucessão presidencial ganhou a cena política no Palácio de Miraflores.

De acordo com a legislação venezuelana, Diosdado Cabello, presidente da Assembleia Nacional, deveria ter assumido poder interinamente e na sequência convocado nova eleição presidencial. Cabello também estava interessado no cargo e por isso o grupo de Chávez patrocinou às pressas um remendo jurídico que permitiu a Maduro assumir a presidência do país, sem jamais ter sido eleito.

Por trás desse imbróglio que ganha contornos preocupantes e perigosos estão interesses que passam pelo crime organizado que atua no tráfico de drogas e no contrabando de minérios. O fator decisivo para que Nicolás Madurou fosse arrastado para o olho do furacão foi esculpido em Havana, com o cinzel facinoroso dos irmãos Fidel e Raúl Castro. Isso porque Maduro fechou a torneira venezuelana que irrigava financeiramente a ditadura da ilha caribenha.