Pasadenagate: escândalo da obsoleta refinaria pode arrastar Erenice Guerra para o olho do furacão

erenice_guerra_06Efeito cascata – Depois de uma semana marcada pelos muitos escândalos que jorram na Petrobras, a presidente Dilma Rousseff conseguiu desfrutar de uma leve pausa no noticiário nacional, que nesta segunda-feira (31) abriu espaço para os cinquenta anos do golpe militar de 1964. Como já era esperado, a esquerda aproveitou a data para falar em democracia, algo que os atuais donos do poder nem de longe praticam na plenitude.

Vencido o cinquentenário da revolução militar, o cipoal de escândalos da Petrobras não pode ser esquecido pela população, pois trata-se de gestão temerária e criminosa da maior empresa brasileira, patrimônio dos brasileiros.

Muitas foram as mensagens recebidas pelo ucho.info afirmando que o escândalo da refinaria texana de Pasadena é assunto antigo, mas foi a própria presidente Dilma Rousseff quem ressuscitou o tema e permitiu que o assunto acabasse alvo de um requerimento de criação de Comissão Parlamentar de Inquérito no Senado Federal.

A presidente, como herdeira política do malandro Lula, alega que não sabia das cláusulas do contrato de compra da obsoleta refinaria norte-americana, negócio que surrupiou do bolso dos brasileiros US$ 1,18 bilhão. Então chefe da Casa Civil, Dilma presidia o Conselho de Administração da Petrobras à época do negócio. E por isso tinha a obrigação de saber dos detalhes de um negócio bilionário e que seria realizado com o suado dinheiro do contribuinte.

Como se não bastasse sua obrigação como conselheira da estatal, Dilma sempre foi conhecida como uma especialista em minas e energia, além de ser festejada por sua competência como administradora. Mas todos os seus predicados foram por água abaixo, assim como uma plataforma petrolífera que é engolida pelo mar.

Dilma Vana Rousseff pode se agarrar à desculpa que preferir, mas é inadmissível a alegação de que desconhecia os detalhes contratuais que fizeram com que a Petrobras adquirisse por quase US$ 1,2 bilhão uma empresa que valia apenas US$ 42 milhões. Se o Conselho de Administração errou, com base em laudo técnico “falho” de Nestor Cerveró, o Conselho Fiscal da Petrobras deveria ter sido diligente e impedido o negócio.

Por ocasião dos fatos, o Conselho Fiscal da Petrobras contava com a participação de Erenice Guerra, pessoa de confiança de Dilma. Advogada e chefe da consultoria jurídica do Ministério de Minas e Energia, na época em que Dilma comandou a pasta, Erenice deveria ter se preocupado com os detalhes do contrato draconiano que sangrou os cofres da petroleira verde-loura. Não apenas por ser uma operadora do Direito, mas pelo fato de assessorar a ministrar responsável por zelar pela Petrobras, inclusive.

Fiel escudeira da atual presidente da República, Erenice Guerra rumou para a Casa Civil quando Dilma assumiu a vaga deixada por José Dirceu, que caiu no vácuo do escândalo do Mensalão do PT. Secretária-executiva da chefe Casa Civil, pasta que assumiu quando Dilma se desincompatibilizou do cargo para concorrer à Presidência da República, Erenice sempre falava em “put option” nas reuniões que comandava no Palácio do Planalto. Foi a cláusula de “put option” que obrigou a Petrobras a comprar a parte da Astra Oil na refinaria de Pasadena.

Erenice, como membro do Conselho Fiscal da Petrobras, sabia dos absurdos que constavam do contrato de compra de 50% da refinaria de Pasadena, portanto tinha o dever de, já devidamente instalada na chefia da Casa Civil, ordenar que o caso fosse apurado com o devido rigor. Ao contrário, Erenice preferiu o silêncio obsequioso como forma de proteger a agora presidente Dilma Rousseff.