Petistas lembram que Greca, cotado para vice de Requião, chamou o senador de “Exú do contra”

CReis do ringue – Mais um round no octógono político-eleitoral que se formou no Paraná e é ocupado pelo PT e o PMDB. No vácuo de briga violenta, com direito a acusações de parte a parte, ambas as legendas disputam o direito de enfrentar, no segundo turno, o atual governador Carlos Alberto Richa (PSDB), conhecido no mundo político como Beto Richa.

No ataque, o PT ironiza o ex-prefeito de Curitiba, Rafael Greca, cotado para ser o vice de Roberto Requião. Eles lembram que Greca já chamou o senador peemdebista de “Exú do Contra” e que o próprio Requião já patrocinou denúncias cabeludas contra seu possível parceiro de chapa.

A questão do vice preocupa Requião, três vezes governador do Paraná, que confidencia aos mais próximos que não teve sorte em suas escolhas. Seus dois vices, Mário Pereira e Orlando Pessuti, segundo sua visão, o traíram assim que assumiram o governo. “Desta vez, eu não posso errar mais”, disse Requião sobre sua pretensão de disputar pela quarta vez o Palácio Iguaçu.

A hipótese de escolher Rafael Greca para vice, depois do chumbo trocado no passado, representa um risco que alguns dos aliados de Requião preferem não correr. Eles lembram que os adversários poderiam criar problemas lembrando uma sucessão enorme de casos escabrosos. Embora Greca tenha se tornado um dos aliados mais subservientes de Requião, seu passado de confrontos e baixarias está registrado.

Os aliados de Requião, por sua vez, dão o troco. Dizem que se o problema do ex-governador e agora senador é encontrar um vice confiável, o de Gleisi é encontrar um vice. Qualquer um. Lembram que a petista anda em baixa desde que seu coordenador de campanha, André Vargas, foi apanhado em traficâncias com o doleiro Alberto Youssef. Antes de Vargas, outro escolhido para coordenar a campanha da ditatorial senadora foi o pedófilo Eduardo Gaievski, que aguarda na prisão sentença da Justiça que pode ultrapassar a marca de 300 anos de prisão.

Recordam também que o deputado federal Zeca Dirceu, filho do ex-ministro e mensaleiro José Dirceu, atualmente recolhido ao presídio da Papuda, cotado para ser o vice de Gleisi, teve recentemente o nome envolvido em um episódio policial. Sua assessora foi presa quando tentava aplicar um golpe em uma agência bancária da Caixa Econômica Federal.

Para complicar, lembram os aliados de Requião, o próprio ex-ministro José Dirceu acaba de ser apontado pelo empresário Caio Gorentzvaig, dono da petroquímica Triunfo, como um dos principais lobistas, junto com Paulo Roberto Costa, em negócios lesivos à Petrobras.