CPMI da Petrobras: Palácio do Planalto joga sujo e impede votação de quebra de sigilos

petrobras_06Golpe baixo – Uma manobra covarde da base governista para esvaziar a reunião da CPMI da Petrobras, nesta quarta-feira (18), impediu a votação de requerimentos na CPMI da Petrobras, em especial os relacionados à quebra de sigilo de pessoas e empresas envolvidas com esquemas de corrupção dentro da petroleira. Meia hora após o início da reunião, apenas dez parlamentares registraram presença. Como o quórum mínimo é de onze membros, a sessão caiu.

Para o líder do PPS na Câmara dos Deputados, Rubens Bueno (PR), desde o início dos trabalhos da comissão o governo vem trabalhando para impedir a investigação. “Hoje aconteceu mais uma manobra clara do governo. O script para impedir a reunião estava montado pela base de Dilma e infelizmente funcionou”, criticou o deputado.

A pauta estava cheia, com 379 requerimentos prontos para a apreciação. Entre os requerimentos, mais de 60 pedidos de quebra de sigilo de empreiteiras, fornecedores e ex-funcionários da Petrobras, apresentados por Rubens Bueno.

Para o deputado, estava claro que haveria dificuldade para se alcançar o quórum na véspera de um feriado e em época de Copa do Mundo e festas juninas. No entanto, argumenta, nada justifica a ausência de parlamentares. “É decepcionante que deputados eleitos pelo povo para representá-los não cumpram com a sua obrigação e não apareçam para trabalhar”, concluiu o líder do PPS.

Registraram presença na reunião desta quarta-feira os deputados Rubens Bueno (PPS), Izalci (PSDB), João Magalhães (PMDB), Marco Maia (PT), Bernardo Santana (PR), Júlio Delgado (PSB), Arnaldo Faria de Sá (PTB) e Marcos Rogério (PDT), além dos senadores Alvaro Dias (PSDB) e Vital do Rêgo (PMDB).

O PT continua insistindo em transformar a Petrobras em uma caixa blindada de escândalos, mas as ações das autoridades envolvidas nas investigações não têm como ser impedidas. E mostrarão aos brasileiros muito mais do que foi revelado até então.

O esquema de corrupção que começou com o finado José Janene e continuou funcionando sob a batuta de Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef, ambos presos em Curitiba, ainda há de fazer novos estragos. Isso porque é enorme a quantidade de crimes cometidos ao longo dos anos e que ainda estão sendo investigados. Gente graúda da política nacional e alguns órgãos do governo hão de cair como castelo de areia.

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