Petistas dizem que Roberto Requião é um “marajá” que posa de “pobre” e adora viajar para Miami

roberto_requiao_24Material explosivo – O cabo de guerra que contrapõe o PT de Gleisi Hoffmann e o PMDB de Roberto Requião, no Paraná, atinge níveis cada vez mais altos de agressividade, com direito a jogo sujo e rasteiro de parte a parte. Aliados de Gleisi, que insistem em desmascarar o “discurso de pobre” de Requião, que embolsa mensalmente R$ 52 mil como senador e governador aposentado, agora partem para uma nova modalidade de ataque.

Afirmam os petistas que o senador, que sonha em retornar ao Palácio Iguaçu, preencheu diversos passaportes com carimbos de imigração decorrentes dos seus périplos ao redor do planeta. Parte dessas viagens internacionais e nababescas tinha como pano de fundo os chamados roteiros chiques, tudo sob as expensas do Senado, ou seja, financiada com o suado dinheiro do contribuinte.

Contudo, chama a atenção o fato de muitas dessas viagens terem ocorrido em caráter particular, especialmente para Miami. Os indignados petistas paranaenses querem saber o que Requião tanto faz em Miami, que um dia foi a mais brasileira das cidades dos Estados Unidos. Há quem diga, em tom de ironia, que Roberto Requião não pode ficar muito tempo longe do Mickey Mouse, na Disney World, que pode ser a desculpa para o peemedebista se encontrar com o Pateta.

A briga entre o PT e o PMDB do Paraná decorre da disputa por uma vaga no segundo turno da eleição para o governo do estado, contra o atual governador Beto Richa (PSDB), que no comando de um dos mais importantes estados da federação tem deixado a desejar, para ser econômico nas palavras. Richa levou o Paraná a uma grave crise financeira, sendo que as contas do governo até recentemente vinham sendo quitadas com atraso escandaloso.

Requião, conhecido por seu estilo ácido e temperamento oscilante, gosta de citar o caso do pedófilo Eduardo Gaievski, assessor de Gleisi na Casa Civil e preso por dezenas de estupros de menores, muitos contra vulneráveis (menores de 14 anos). Gaievski, o monstro da Casa Civil, está preso na penitenciária de Francisco Beltrão, onde aguarda decisão da Justiça, que deve condená-lo a alguns séculos de prisão.

Outro escândalo que Roberto Requião insiste em ressuscitar para fustigar Gleisi é o do coordenador de campanha da senadora, André Vargas, envolvido com o doleiro Alberto Youssef, preso na esteira da Operação Lava-Jato, da Polícia Federal. Fora isso, os “requianistas” sempre recordam as suspeitas de envolvimento do marido de Gleisi, o ministro Paulo Bernardo da Silva (Comunicações), com esquemas de rapinagem na Petrobras, tema explosivo que levou o confronto político a níveis extremos de baixaria.

As insinuações dos petistas sobre o excessivo número de viagens de Requião a Miami variam desde a existência de uma propriedade imobiliária na Meca dos novos ricos brasileiros até outras, mais complicadas, que mencionam a proximidade geográfica da cidade com uma série de paraísos fiscais. Seja como for, os petistas acreditam que o senador deveria dar um tempo nas baixarias e explicar aos seus fiéis seguidores e defensores as razões de suas constantes idas a Miami.

Por enquanto os petistas estão surfando em onda desconhecida, pois há muito mais digitais do clã Requião no ensolarado estado da Flórida do que imagina a tropa de choque de Gleisi Hoffmann. O mais triste nesse pugilato político-eleitoral é que os paranaenses serão obrigados a escolher o menor dos males. Missão difícil, quase impossível.

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