Ex-patrão de Gleisi pode engrossar investigações da Operação Lava-Jato, afirmam “requianistas”

nedson_micheleti_01Calouro na área – A Operação Lava-Jato – que investiga as estripulias do doleiro Alberto Youssef e sua turba com esquemas de rapinagens do PT na Petrobras e no Ministério da Saúde – está prestes a ganhar novos e importantes personagens. A afirmação é do ucho.info, cujo editor é um dos responsáveis pelas denúncias que desaguaram na devastadora operação da Polícia Federal. Há nesse rol de “novos convidados” integrantes de diversos partidos políticos, mas um em especial reforça a acirrada disputa pelo governo do Paraná, que tem entre os principais concorrentes o governador Beto Richa, a senadora Gleisi Hoffmann (PT) e o senador Roberto Requião (PMDB).

O novo enrolado que nas próximas horas deve ir para a berlinda, de acordo com os “requianistas”, é o ex-prefeito de Londrina, o petista Nedson Micheleti, que atualmente integra a assessoria do presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda. O ex-prefeito teria mantido, em dependências da Caixa, reuniões com o doleiro Alberto Youssef. A entrada Micheleti no rol dos suspeitos de manter relações nada republicanas com o doleiro dos poderosos certamente provocará considerável estrago na candidatura de Gleisi.

O petista tem íntimas relações com a senadora petista e seu marido, o ministro Paulo Bernardo da Silva (Comunicações). Entre 1999 e 2002, o casal integrou o secretariado de Micheleti na prefeitura de Londrina. Em 2009, por conta de descalabros em sua administração na prefeitura londrinense, Nedson Micheleti foi condenado a devolver recursos públicos e teve os direitos políticos suspensos.

Micheleti também foi patrono político de André Vargas (ex-vice-presidente da Câmara Federal e coordenador da campanha de Gleisi Hoffmann). Vargas foi apanhado pela Operação Lava-Jato em manobras suspeitas para lesar o Ministério da Saúde através do laboratório-lavanderia Labogen.

Segundo os seguidores de Requião, Micheleti, Paulo Bernardo, Gleisi, André Vargas e Gilberto Carvalho integram a chamada “República de Londrina”. Um grupo político do PT cujos integrantes são nascidos ou construíram parte de suas carreiras políticas em Londrina e que, com frequência, estão envolvidos em episódios bem pra lá de suspeitos.

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